Polêmicas à parte, o procurador geral de Justiça Paulo Varejão será reconduzido ao cargo por decisão do governador Eduardo Campos.
Em votação que reuniu promotores e procuradores nesta tarde, no Ministério Público do Estado, Varejão teve 21,9% dos votos - 211 cédulas a seu favor.
Ele foi escolhido para lista tríplice junto com Laís Teixeira (129 votos), e com o atual subprocurador Itabira de Brito Filho (113 votos).
Eduardo decidiu novamente por Varejão tão logo recebeu a lista tríplice no Palácio.
De acordo com o governador, “a própria classe reconheceu o trabalho de Varejão nestes dois anos de mandato dando-lhe uma votação expressiva”. “Confiamos, mais uma vez, na sua história e capacidade de trabalho para comandar uma instituição tão importante quanto o Ministério Público de Pernambuco”, justificou Eduardo que, em 2007, escolheu o Varejão para comandar o MPPE pela primeira vez.
A nomeação será publicada na edição desta terça-feira (6), no Diário Oficial do Estado.
Acompanhado pelo Procurador Geral do Estado, Tadeu Alencar, o governador recebeu a lista tríplice das mãos do chefe de gabinete do MPPE, Ricardo Coelho.
Varejão tem pela frente mais dois anos no comando do MPPE.
Dúvidas pairavam sobre a vitória do procurador em virtude de duas polêmicas que protagonizou no final do ano passado.
Em função de uma decisão do Conselho Nacional do Ministério Público, decidiu pagar os anuênios atrasados aos 324 promotores e 32 procuradores de Pernambuco, apesar de não ter a obrigação de fazer isso prontamente.
O Conselho explicou que caberia aos procuradores-gerais dos Estados analisarem como e quando poderiam pagar o anuênio, calculado em aproximadamente R$ 100 mil para cada beneficiado.
Varejão parcelou e iniciou o pagamento às vésperas da eleição.
Quando indagado pela imprensa sobre a decisão, não quis se pronunciar.
Essa medida foi recebida com satisfação pela categoria.
Em contrapartida, os membros da instituição receberam com indignação as declarações de Paulo Varejão, que, indiretamente, censurou os promotores que, recentemente, entraram com ações judiciais contra o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT).
Em uma cerimônia, realizada há duas semanas, na qual o petista cedeu um terreno para a construção da nova sede do MPPE, Varejão se solidarizou com o ex-gestor por considerar que ele estava sendo condenado de forma precipitada – as ações envolvem supostas denúncias de improbidade administrativa.
Na ocasião, a associação que representa os promotores criticou duramente o posicionamento do chefe da instituição.
Com informações de Política / JC