Por Viviane Barros Lima, de Economia / JC Os credores da Farmácia dos Pobres aprovaram, ontem, o processo de recuperação da empresa que inclui as regras do pagamento das dívidas.
A aprovação, feita em uma assembléia geral, vai permitir que a rede pague aos 186 trabalhadores que foram demitidos antes do início do plano de recuperação em parcelas iguais durante 12 meses.
O desembolso começa a partir de março do próximo ano.
O acordo superou a expectativa da empresa que vai começar a reabastecer as farmácias a partir da próxima semana.
A dívida total da empresa é de cerca de R$ 56,7 milhões.
Além dos trabalhadores, há outros credores, como prestadoras de serviços e bancos.
O maior débito da Farmácia dos Pobres em relação a todos os credores é com a distribuidora Panarello.
São R$ 23 milhões de dívida.
Depois vem o Bradesco com quem o débito chega a R$ 11,8 milhões.
A Justiça decidiu que o pagamento para os credores, com exceção dos trabalhadores, será feito de acordo com o valor devido para cada um.
Dívidas de até R$ 10 mil serão pagas em quatro vezes sem juros.
Acima de R$ 10 mil até R$ 30 mil são 12 parcelas mensais sem juros.
De R$ 30 mil a R$ 100 mil, 36 meses e a partir de R$ 100 mil são 14 anos para pagar com o perdão de 50% do valor da dívida. “Os credores mostraram que confiam na recuperação da empresa.
O resultado da assembléia foi excelente para a rede.
Dos 48 credores que votaram, 87,5% aprovaram o plano de pagamento.
Somente os bancos Bradesco, IBI, Daycoval e três trabalhadores votaram contra, mas foram obrigados a acatar a decisão da maioria”, explica o advogado da empresa Rodrigo Beltrão.