De Cidades / JC O diretor-geral do Hospital da Restauração, Américo Ernesto de Oliveira Júnior, encaminhou, na tarde de ontem, ao Jornal do Commercio carta de repúdio à matéria publicada na edição de sexta-feira.

Ele alega que o HR foi retratado na reportagem de forma pejorativa e preconceituosa.

Cita que a matéria abraçou “de forma míope o discurso de um profissional, que, além de tudo, comete um equívoco ético por publicar fotos de pacientes, expondo sua privacidade.” No texto, Américo Ernesto reconhece que o hospital enfrenta muitos problemas, como a superlotação, em especial causada pela deficiência da rede de saúde. “Toda essa deficiência recai sobre o HR.

Em nosso trabalho cotidiano, verificamos que 80% dos pacientes que chegam a nossa emergência estão fora do perfil de alta complexidade previsto para ser atendido no HR, já que recebem alta hospitalar em menos de 24 horas.” O diretor diz que o título “Hospital da Vergonha” é depreciativo. “Questionamos, sobretudo, no conteúdo do texto, a forma depreciativa com que uma instituição de tamanha relevância foi tratada.

Hoje (ontem) pela manhã foi possível constatar nos funcionários um desapontamento com a matéria.

Ela não reflete o esforço que os profissionais de saúde fazem para trabalhar por esta instituição.” Ernesto declara que a reportagem não ouviu o lado do hospital. “Disseram-me que o jornalismo dava o direito ao contraditório e defendia a relação de sinceridade e honestidade entre entrevistador e entrevistado.

O que foi prejudicado pela abordagem da matéria.” No fim da carta, o diretor diz que “não concebe, sob qualquer argumento, tachar de vergonha uma instituição com 40 anos de prestação de serviço.”