Do Comunique-se O repórter do Estado de S.

Paulo Sérgio Gobetti foi agredido por um policial legislativo da Câmara dos Deputados quando entrava no Plenário para acompanhar as votações do dia.

Embora usasse o crachá, um dos policiais o questionou e ele, que entrava com pressa no local, virou-se e mostrou o documento. “Eu virei só o corpo e disse ‘imprensa’.

Fui me aproximando da porta e ele veio por trás de mim me segurando.

Nesse momento me afastei dele e veio outro me esgoelando”, conta Gobetti. “A situação é muito chata porque, fora o episódio, o fato de ficar exposto, não é algo nada agradável.

Confesso que me senti muito agredido na hora pela truculência e autoritarismo, não sei para que serve esse tipo de gente.

São seguranças pagos pelo dinheiro do contribuinte.

O problema de segurança é outro, são coisas absurdas.

Agora os próprios parlamentares têm culpa disso porque e votaram lei que dá a essa pessoal poder de Polícia Federal”.

Quando o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) passou por ele num determinado momento, o jornalista contou o episódio.

Segundo o repórter, Chinaglia ligou para a direção do jornal pedindo desculpas.

A direção da polícia legislativa na Câmara já o procurou para falar a respeito. “Não fiz queixa de imediato porque estava trabalhando e precisava esfriar a cabeça para saber qual será o procedimento mais adequado.

O Sindicato dos Jornalistas já me procurou e ofereceu advogados.

A minha intenção, a princípio, não é culpar um indivíduo, embora o ache despreparado”.

O diretor-geral da Câmara, Sérgio Sampaio, determinou apuração imediata dos fatos. “Não sabe se será aberto inquérito policial, temos polícia legislativa, mesma atribuição de polícia comum.

Mas de qualquer maneira o caso já está sendo apurado, os agentes já foram ouvidos, testemunhas e vamos falar com o jornalista”, respondeu a assessoria de imprensa da Câmara.