O não repasse ao Fundo de Previdência Municipal do dinheiro descontado do salário dos servidores desde 2005 é um dos motivos que levou o Ministério Público de Pernambuco a afastar, ontem, o prefeito do município de Angelim, Samuel Salgado Cavalcanti de Albuquerque.
A decisão de entrar com ação civil por ato de improbidade administrativa partiu da juíza Zélia Maria Pereira de Melo, a partir do trabalho do promotor Romualdo Siqueira França, que descobriu uma série de irregularidades na gestão do prefeito.
A prefeitura teria ainda deixado de repassar ao fundo a parcela correspondente à contribuição patronal, o que acarreta prejuízo de R$ 1 milhão aos funcionários públicos municipais.
O promotor Romualdo França também encontrou atrasos no pagamento de salários dos servidores e uma dívida com a Celpe que chega a cerca de R$ 400 mil.
Samuel Salgado concorreu à reeleição e perdeu.
A situação teria se agravado após o pleito; ele teria suspendido serviços básicos à população, a exemplo do transporte de pacientes com câncer e doenças cardíacas que precisam de tratamento no Recife.
O afastamento do prefeito foi determinado pela juíza em caráter liminar.
Samuel Salgado ainda pode recorrer através de um agravo de instrumento.
Por enquanto, fica no cargo o vice-prefeito.