Do Comunique-se, com informações da Folha de S.
Paulo A jornalista da Folha de S.
Paulo Andréa Michael não foi presa porque a Polícia Federal enviou delegados para pedir ao juiz da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, Fausto de Sanctis, que negasse o pedido de prisão preventiva feito pelo delegado Protógenes Queiroz, responsável pelas investigações da Operação Satiagraha.
A declaração foi dada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, durante o programa Roda Viva, da TV Cultura. “O ministro Tarso Genro disse que a Andréa Michael só não foi presa porque a PF, conhecedora do pedido, mandou delegados especiais para conversar com o juiz para que não houvesse pedido de prisão. (…) Não sei se é verdade ou não, mas isto me foi dito pelo ministro”, afirmou.
O presidente do STF disse ainda que “pedido de prisão preventiva de jornalista, não tinha visto sem constrangimento nem no regime soviético".
Segundo o inquérito da Satiagraha, a jornalista seria uma integrante da organização de Daniel Dantas “travestida de correspondente do jornal Folha de S.
Paulo na cidade de Brasília”.
As acusações se devem à publicação, no dia 26/04, de matéria intitulada “Dantas é alvo de outra investigação da PF”, que descrevia a investigação em curso.
No dia 08/07, o próprio Mendes criticou o pedido feito por Queiroz. “O pedido de prisão preventiva nesse caso já suscita inúmeras indagações.
Por que a prisão preventiva num caso como esse?
Ela poderia fugir?
Ela poderia dar cabo às provas?
Aqui os senhores já percebem claramente o abuso do próprio pedido de prisão preventiva.
Prender um jornalista por revelar uma informação faz inveja ao regime soviético”, disse na ocasião.
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