Por Terezinha Nunes, especial para o Blog Há poucos dias foi muito festejado em Pernambuco o 1º Relatório de Acompanhamento das cinco Metas do Movimento Todos pela Educação que mostrou uma substancial evolução do estado na área educacional.

De imediato, o atual secretário de educação do estado concedeu entrevistas à imprensa, comemorando o feito e dando a entender que era tudo produto do trabalho feito por ele que se encontra a apenas dois anos respondendo pela pasta.

Esperamos, com paciência, o envio do relatório por nós solicitado ao citado instituto sobre as conclusões do estudo e ele aponta, ao contrário do que disseram os assessores do governador Eduardo Campos, que os avanços na educação não se deram na atual gestão mas na anterior, do ex-governador Jarbas Vasconcelos.

Foi bom que o secretário Danilo Cabral festejasse os números, afinal foi uma boa notícia para o estado, mas jamais poderia deixar de explicar que, na verdade, as metas foram alcançadas antes que ele passasse a gerir a educação estadual.

Outra coisa que o secretário precisaria ter ressaltado e não fez é que os números são do estado como um todo, incluindo também a rede municipal e a rede particular. É certo que, melhorando a educação na rede pública estadual já há muito o que comemorar, mas, não se pode desconhecer o esforço dos prefeitos que, no Governo Jarbas, por conta da simetria existente entre estado e os municípios, no que se refere, sobretudo, à educação, houve um crescimento mais uniforme da área educacional.

E nem o trabalho realizado pelas escolas privadas que têm dando uma grande contribuição na melhoria dos números e da performance dos alunos nelas matriculados. É muito fácil desmistificar o discurso do Governo atual que assumiu sozinho os louros da vitória.

Basta verificar, e está no relatório, que as avaliações dos estudantes levadas em consideração pelo Movimento Todos pela Educação para traçar o panorama, além de terem incluído anos anteriores, foram feitas no primeiro semestre de 2007, portanto, quando o atual Governo ainda estava preocupado em falar em herança maldita, em escolas com problemas de manutenção e o próprio secretário estava aqui na Assembléia mostrando fotos das escolas danificadas e não falando em trabalho ou em qualidade do ensino.

Mas vamos ao relatório em si que analisamos em todos os sentidos para poder aqui falar hoje com conhecimento de causa.

Ele demonstra que os atuais números da educação que, como ressaltei, melhoraram muito até o primeiro semestre de 2007 – não sabemos como está agora mas esperamos que a melhora continue – começaram a ser conquistados a partir de 1999, primeiro ano da administração de Jarbas e só fizeram avançar até chegar aonde chegaram.

PS: Com a palavra, o líder do governo, Isaltino Nascimento.