O Senado dos EUA foi incapaz de chegar a um acordo ontem à noite sobre um plano de ajuda aos construtores automóveis, deixando-os sob o espectro de uma falência que põe em risco 2,2 milhões de empregos directos e indirectos.
Ao fim de uma longa jornada de negociações, os cem senadores não reuniram a maioria de dois terços necessária para viabilizar o plano, face a uma feroz oposição dos republicanos. “Não estivemos em condições de alcançar a meta”, reconheceu o chefe da maioria democrata, Harry Reid. “Podíamos ter discutido toda a noite, hoje e manhã, que não conseguiríamos alcançar a meta.” “Milhões de americanos, não apenas assalariados do sector automóvel, mas também vendedores, concessionários, todos os que trabalham com carros, vão ser directamente afectados”, acrescentou.
Reid passou ontem longas horas a negociar com um núcleo duro de senadores republicanos que recusavam salvar os três grandes grupos nacionais, a General Motors, a Chrysler e a Ford, com sede na cidade de Detroit.
Os construtores pediam de início uma ajuda de 34 mil milhões de dólares.
Os republicanos exigiram que os construtores e os seus poderosos sindicatos se comprometessem com medidas de reestruturação.