De Política / JC O promotor de Justiça Roberto Brayner – titular de Ipojuca e que acumula a promotoria do Cabo de Santo Agostinho – tomou ontem os depoimentos de sete vereadores do Cabo sobre o suposto uso de dinheiro público para financiar uma viagem de férias dos legisladores para Salvador (BA), em 23 e 24 de outubro.

Foram ouvidos o presidente da Câmara, Gessé Valério (PTB), o vice, Marcos Eanes Farias Pereira, Marcos do INPS (PDT), Rafael Nascimento (PTB), Maria José Carneiro (PSDB), José de Arimatéia (PMN), Amaro Honorato, Amaro do Sindicato (PRP), e Albani Nunes (PTB).

Segundo o promotor, os depoimentos não trouxeram novidades às investigações.

Mas, também ontem, Brayner recebeu cerca de 500 páginas de documentos contábeis da Câmara, referente aos meses de setembro a novembro. “Vamos analisar para ver os gastos da Câmara nesse período e ver se consta alguma alteração, alguma despesa dos vereadores relacionadas a esta viagem”, explicou.

Ele não precisou em quanto tempo analisará os documentos, mas deu a entender que antes do fim do ano dará um parecer sobre o caso.

Até lá, o promotor aguarda o resultado de investigações iniciadas pelo Tribunal de Contas e Ministério Público de Contas.

Nessa mesma viagem, o prefeito do Cabo, Lula Cabral (PTB), e o irmão dele, o deputado estadual Everaldo Cabral (PTB), acompanharam o grupo de vereadores.

Eles se hospedaram no Pestana Bahia, hotel cinco cuja diária mais barata custava R$ 264,18.

O promotor também investiga se as despesas do prefeito foram pagas com dinheiro público.

Ele disse que já requisitou informações à prefeitura.

A viagem a Salvador tornou-se pública após o vereador eleito Joelson Dionísio Gomes (PTB) estampar fotos do passeio em sua página do Orkut (site de relacionamento).