Da Folha de S.Paulo, no Rio A repórter especial da Folha Elvira Lobato recebeu ontem, no Rio, o Prêmio Esso de Jornalismo pela reportagem “Universal chega aos 30 anos com império empresarial”, publicada em 15 de dezembro de 2007.

A Folha também conquistou o Prêmio Esso de Criação Gráfica por “Cigarro e álcool na adolescência”, publicado pelo caderno Folhateen em 3 de setembro de 2007.

Os vencedores são Renata Steffen, Fernanda Giulietti, Ivan Finotti, Alexandre Jubran, Tarso Araújo e Letícia de Castro.

A cerimônia no Copacabana Palace premiou jornalistas em mais 11 categorias.

Na de reportagem, Lobato concorreu com 532 trabalhos e foi finalista ao lado de “Favela S/A”, do jornal “O Globo”, e “Suicídio.com”, da revista “Época”.

Em dois meses de apuração, Elvira Lobato, na Folha desde 1984, investigou o conglomerado de empresas controladas pela Igreja Universal do Reino de Deus.

A reportagem revelou que, além de rádios e TVs, a Universal e sua cúpula mantinham dois jornais diários, uma agência de turismo, uma imobiliária e uma empresa de seguro-saúde.

Após a publicação, lideranças e membros da Universal entraram com 105 ações judiciais contra a jornalista e a Empresa Folha da Manhã, que edita a Folha, pedindo reparação por danos morais.

A maioria dos processos foi ajuizada em comarcas remotas de quase todos os Estados, forçando o deslocamento de advogados e jornalistas.

As 58 ações julgadas até o momento tiveram sentenças favoráveis à Folha. “Dedico o prêmio a todos os jornalistas.

O oxigênio da profissão é a liberdade de imprensa”, disse Lobato ontem.

O Prêmio Esso de Jornalismo foi criado em 1955.

Em 2004, a Folha e “O Estado de S.

Paulo” criticaram a estrutura da premiação, afirmando que a composição do corpo de jurados não era “representativa do mercado editorial do país”.