Às portas do Natal, pesquisa da VerbaNet - Legislação Empresarial Informatizada, empresa voltada ao fornecimento de informação e consultoria em legislação empresarial por meio eletrônico, mostra que a elevada carga tributária colabora grandemente para a pirataria de produtos no Brasil.
O levantamento traz uma lista com 22 presentes entre os mais comprados em época de festas, os quais carregam até 51,71% de tributos embutidos no preço final.
Em comum, são também os itens mais pirateados.
Entre adquirir um jogo de videogame original, por exemplo, que pode chegar a mais de R$ 150,00, a maioria prefere ir ao camelô e comprá-lo por R$ 5,00 a R$ 10,00. “Isso confirma que o consumidor nem sempre pode optar pela qualidade, pois em tempos de crise, o preço acaba falando mais alto.
Quem também perde é o comércio formal, que deixa de faturar mais”, protesta o estudo.
No topo do ranking está o perfume importado, com 51,71%, que é a medida dos tributos sobre o preço total.
O impacto fica mais evidente quando se mede o volume de tributos sobre o que seria o valor do bem ao extrairmos do preço a carga tributária sofrida em toda a cadeia produtiva.
No caso do perfume importado, a quantidade de tributos é 107,06% maior que o preço real.
Ou seja, um perfume cujo valor sem tributos é de R$ 30,00, custará ao consumidor final R$ 62,11.
A lista tem ainda os seguintes produtos e suas respectivas cargas tributárias.
Perfume nacional (49,27%) jogos de videogame importados e nacionais (47,54% e 43,70%) relógio de pulso (42,12%) bonecas e carrinhos importados (41,97%) vestuário masculino e feminino importado (de 40,15% a 40,23%) camisas de clubes importadas (40,16%); CDs e DVDs (38,42%) bolas nacionais (38,24%) carrinhos nacionais (36,24%) bichos de pelúcia (34,93%) bolsas (34,93%) sapatos, tênis, bolas nacionais, camisas de clubes nacionais e vestuário masculino e feminino nacional (30,96%). “O estudo deixa claro que não adianta somente combater a pirataria, que é a doença, se não formos direto às causas da enfermidade.
A carga tributária é apenas uma dessas causas”, argumenta o contador Ernesto Dias de Souza, coordenador do levantamento.