Da Folha Online A Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto negou nesta segunda-feira que tenha censurado a divulgação do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada.

No Rio, Lula usou o termo “sifu” –uma corruptela de uma expressão vulgar– para ilustrar um raciocínio.

Inicialmente, o termo apareceu na íntegra do discurso como inaudível.

Só mais tarde é que o termo foi acrescentado.

Em cerimônia no Rio, Lula reproduziu um suposto diálogo entre um paciente e um médico.

Segundo o presidente, o que se aconselha é que o profissional faça uma análise positiva sobre o quadro negativo do doente e não o contrário. “Ou você diria ao paciente ‘sifu’?

Se você chega dizendo a gravidade da doença, você acaba matando o paciente”, afirmou o presidente.

A Secretaria de Imprensa da Presidência da República informou hoje que a divulgação do discurso do presidente não ocorreu por “erro”, e não censura.

A orientação, segundo a secretaria, é divulgar na íntegra tudo o que for dito pelo presidente da República.

Oposição A bancada tucana na Câmara dos Deputados criticou os termos usados pelo presidente Lula para falar da crise econômica mundial.

Além do “sifu”, Lula afirmou que mercado financeiro, ao pedir ajuda ao “Estado que eles negaram durante 20 anos”, agia como um “adolescente” após sofrer uma “diarréia”.

Segundo nota divulgada no site do PSDB, os tucanos consideraram de “baixo calão” o discurso de Lula.

O líder da bancada tucana, José Aníbal (SP), condenou o “comportamento inadequado do presidente”. “A oposição registra um comportamento inadequado do presidente, que comete destempero verbal no trato de uma crise que não é imaginária, mas real”, disse.