Por Fernando Castilho, de Economia / JC O município do Cabo de Santo Agostinho vai ganhar o seu shopping center em abril de 2009.

Mais precisamente no dia 27, o Shopping Costa Dourada abre as portas no quilômetro três da PE-60.

O centro, com investimento estimado em R$ 25 milhões, pertence a empresa Santo Inácio Empreendimentos S.A. (Sisa), liderada por Ayrton Carvalho.

Na região, ele já desenvolve o projeto da Cidade Garapu, um loteamento desenvolvido numa área de 385 hectares dos Engenhos Garapu e Pitimbu, com 7 mil lotes urbanos e comercias (mais de 5 mil deles já vendidos) e com pelo menos 2.500 casas, prédios, padarias, armazéns de construção, escolas, empresas de ônibus, locadoras entre outros ramos.

O novo centro comercial visa completar a oferta de serviços da região, que é formada pelos cinco municípios do entorno do Complexo Industrial e Portuário de Suape e se ressente da falta de opções de compras e lazer.

O shopping terá 90 lojas e quatro cinemas da cadeia NGE PrimePlex – com o formato stadium, cujo pé direito da sala exige nove metros de altura para instalação das poltronas.

Também terá um parque de diversões da cadeia Show Play do Ceará, além de uma unidade padrão das Lojas Americanas e o primeiro hipermercado da rede Arco-Íris, que nasceu no município e é liderada pelo atual presidente da Apes, com 3.400 metros quadrados de área de vendas.

O Costa Dourada vem sendo construído há quatro anos.

No período, a Sisa observou, com um maior volume de pesquisas de mercado, as necessidades de seu mix e escolheu o formato chamado de open mall, que define um shopping com corredores com ventilação natural, embora as lojas sejam climatizadas.

O empreendimento também terá uma ala formada pelo hipermercado e mais sete lojas que poderão funcionar a partir da 7h, enquanto o restante do centro de compras abrirá às 10h.

Essa medida permitiu a instalação de toda uma bateria de serviços, que tradicionalmente funcionam mais cedo, sem prejuízo ao horário normal do shopping.

Segundo o diretor financeiro da Sisa, Eduardo Cardoso, o objetivo da opção pelo modelo open mall é reduzir os custos de condomínio (um mezanino superior permitirá que toda a manutenção dos serviços e climatização, dados e elétrica possa ser feita durante o dia), além de permitir uma maior arborização dos corredores e áreas de lazer externos.

O shopping inicialmente foi concebido para abrir com 11.600 metros quadrados (m²) de área bruta locável, mas foi forçado a crescer em mais 2 mil m² por pressão de clientes como Americanas, Show Play e outras quatro empresas de varejo que solicitaram mais espaço.

O formato open mall ainda permite a expansão das lojas sem maiores investimentos.

PESQUISA O projeto do Costa Dourada está apoiado numa série de pesquisas de mercado que a Sisa vem realizando há mais de 10 anos numa área onde circulam cerca de 500 mil pessoas, 350 mil delas na área de influência do empreendimento.

Isso, segundo Eduardo Cardoso, quer dizer que a população do Cabo, Ipojuca, Escada e parte de Jaboatão dos Guararapes terá o shopping como opção de lazer e compras regulares.

A Sisa aposta tão firme no empreendimento que já reservou espaço para ampliação da área bruta locável e construção de pelo menos dois outros diferenciais: um conjunto de clínicas médicas voltadas para dar suporte aos serviços dos empregados do complexo portuário de Suape e um hotel executivo de forma a que, com diária na faixa de R$ 80, os empregados que prestam serviços em Suape possam ficar no entorno do shopping.

O plano de ocupação do shopping e da Cidade Garapu prevê ainda a implantação futura de um conjunto de edifícios num pequeno morro vizinho ao empreendimento comercial, que proporcionará aos moradores uma visão privilegiada de toda a região.

O Costa Dourada deve gerar 800 empregos diretos e indiretos e terá conexão direta com a cidade do Cabo, com uma rua que a própria empresa empreendedora vai calçar e iluminar, de forma a criar um corredor de acesso a menos de dois quilômetros do centro do Cabo.