Deu na Folha de S.Paulo deste domingo A crise econômica já levou empresas brasileiras a anunciar a suspensão de pelo menos R$ 40 bilhões em novos investimentos desde meados de setembro.

O valor equivale a 31% de tudo o que as companhias do país investiram no segundo trimestre do ano (R$ 134 bilhões).

A crise também já secou quase completamente 23% do dinheiro para investimentos que as empresas captam no exterior e no mercado de capitais.

Outra fonte, o autofinanciamento com o lucro (responde por 51% do investimento) está comprometido com a expectativa de queda nas vendas.

Setores como alimentos e bebidas, telecomunicações e têxtil já amargam no ano lucros expressivamente menores do que no ano passado.

A única fonte ainda fora dos efeitos da crise e que permanece intacta são os recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

No ano passado, o banco oficial proveu 26% do dinheiro que o setor privado gastou em investimentos.

Os desembolsos do BNDES para 2008 podem atingir R$ 90 bilhões.

Só os investimentos suspensos pelo setor privado nos dois últimos meses e meio representam 45% desse valor.

Ao longo dos últimos trimestres, o investimento foi, ao lado do consumo das famílias, o principal carro-chefe do PIB (Produto Interno Bruto).

O investimento cresce há 18 trimestres consecutivos e aumentou 16,2% no segundo trimestre -um recorde na série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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