Deu na Folha de S.Paulo deste domingo Hugo Sérgio Chicaroni, 58 anos, condenado sob a acusação de ter sido emissário do banqueiro Daniel Dantas no oferecimento de suborno a policiais federais, disse que foi coagido pelo delegado Protógenes Queiroz nos 35 dias em que esteve preso na Polícia Federal em São Paulo.

O administrador de empresas disse que tentou avisar o juiz Fausto De Sanctis sobre os constrangimentos em uma audiência, mas o magistrado teria se recusado a ouvi-lo.

Na primeira entrevista concedida por um dos réus do caso Dantas, Chicaroni falou à Folha acompanhado pelo advogado Luiz Carlos da Silva Neto, que demonstrou que a estratégia da defesa do administrador será de desqualificar a conduta de Protógenes e De Sanctis.

Chicaroni afirmou que o delegado esteve presente no primeiro depoimento que prestou na PF e direcionou o testemunho no sentido de incriminar o banqueiro.

Em troca do depoimento contra Dantas, disse, Protógenes teria prometido o relaxamento de sua prisão.

Para pressioná-lo, Protógenes também teria alardeado na carceragem da PF que o administrador de empresas era um “colaborador da polícia”, colocando a vida dele sob risco.

A Folha ligou para o advogado do delegado Protógenes Queiroz, mas as ligações caíram na caixa de mensagens.

A assessoria de imprensa da Justiça Federal tentou localizar o juiz Fausto De Sanctis ontem, mas não obteve sucesso.

Leia a matéria completa (só para assinantes)