De Política / JC O ramo de construção civil foi o que mais contribuiu financeiramente para a campanha do prefeito eleito João da Costa (PT).
Pelo menos 26 empresas de engenharia, empreendimentos e incorporação doaram pouco mais de R$ 1 milhão para ajudar a eleger o petista, que arrecadou, no total, R$ 2,8 milhões.
Esse montante é quase o teto máximo (R$ 3 milhões) previsto no orçamento apresentado por ele à Justiça Eleitoral, no início da eleição.
As empresas Construções e Comércio Camargo Corrêa, Galvão Engenharia Ltda. e a Construtora Muniz de Araújo doaram, cada, R$ 200 mil.
Na seqüência, os maiores doadores foram três supermercados, sendo o Albatroz o mais generoso com o prefeito eleito, desembolsando R$ 135 mil(veja quadro).
Segundo o comitê financeiro de João da Costa, a campanha consumiu tudo o que arrecadou.
Ou seja, o total de despesas atingiu R$ 2,8 milhões - exatamente R$ 1 milhão a mais do que gastou o prefeito João Paulo (PT) para se reeleger em 2004.
Depois da iniciativa privada, o PT foi o maior doador de recursos a João da Costa, com R$ 575 mil.
Desse montante, R$ 500 mil veio do Diretório Nacional do PT.
O Diretório Municipal entrou com o restante.
O prefeito eleito também contou com o apoio de familiares, como cinco irmãos que doaram R$ 1 mil, cada.
Já a esposa do petista, Marília Bezerra, doou R$ 1,5 mil.
Pela prestação, também percebe-se que alguns vereadores contribuíram com R$ 200 e deputados federais e secretários do governo João Paulo desembolsaram R$ 500.
Mas uns fugiram à regra, como o vereador Antônio Luis Neto (PTB), cujo apoio foi de R$ 500, e o deputado José Chaves, R$ 10 mil.
A maior despesa da campanha de João da Costa foi com produção de programa de rádio, TV e vídeo (R$ 968 mil).
O petista contou com publicitários de primeiro time e com a consultoria do marqueteiro mais requisitado da atualidade, Duda Mendonça.
Embora ainda não tenha julgado a prestação de contas de João da Costa - um processo de oito volumes -, o juiz da 150ª Zona Eleitoral, Marcelo Russell, autorizou a imprensa a consultar a papelada, ontem.
Responsável pela análise das contabilidades dos candidatos majoritários e proporcionais do Recife, Russell ainda não liberou, porém, o acesso à documentação dos demais postulantes a prefeito, entre eles Mendonça Filho (DEM), Raul Henry (PMDB) e Carlos Eduardo Cadoca (PSC).
A prestação precisa ser julgada até a diplomação de João da Costa, marcada para o dia 18.