Uma audiência demorada e de ínfimos resultados.
Das 10h30 até as 14h30 desta quinta-feira (4), discutiu-se sem sucesso, na Assembléia Legislativa, os 18 meses de implantação do programa de Governo que tem por pretensão reduzir a violência em Pernambuco, o Pacto pela Vida.
A tirar pela polêmica que envolve o projeto - principalmente em relação aos índices de violência e a anunciada transparência que seria empregada ao Pacto - foi instaurada uma guerra de argumentos que, ao final do encontro, deixou a sensação de “nada acrescentou, o impasse continua”.
De um lado, deputados da oposição, representantes de entidades, a exemplo de Jayme Asfora da OAB-PE e Eduardo Machado do PEbodycount, que cobravam do Governo o detalhamento das ações do Pacto, folha orçamentária e dados efetivamente concretos sobre a violência no Estado.
Do outro, parlamentares da base governista, o sociólogo José Luis Ratton e o secretário de Defesa Social, Servilho Paiva, que explanaram tópicos do Pacto, sem entrar nos méritos questionados pelas entidades.
Na audiência, foi distribuído um CD que “responderia as perguntas”, segundo informaram.
O CD em questão traz um relatório de 145 páginas (veja no post acima) e teria a função de esclarecer dúvidas.
O extenso material não mostra, no entanto, os custos de cada projeto nem os detalhes da implantação de cada um.
O que tornou-se público, na fala de Ratton (sociólogo e consultor do Governo), é que “das 138 ações do Pacto, 106 estão em andamento”. “Foram investidos R$ 2 bilhões durante este 1 ano e 7 meses de projeto, o que representa um custo mensal de R$ 130 milhões”, informou.
Ele foi o primeiro a explanar as ações do Pacto.
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