Está marcada para hoje, às 14h, no Ministério Público do Trabalho - Procuradoria Regional do Trabalho da 6ª Região, a audiência entre representantes do Sindicato de Pernambuco e Paraíba (Sindipetro) e do Complexo Industrial Portuário de Suape referente à denúncia feita pelo trabalhadores sobre a inadequação do armazenamento do “pó de coke”.

De acordo com a categoria, o pó oriundo do petróleo tem se dispersado intensamente no ar, causando poluição ambiental, além de prejuízo à saúde dos trabalhadores expostos sem qualquer proteção.

O Sindipetro encaminhou documento ao Ministério Público do Trabalho solicitando a implementação de medidas preventivas para o desenvolvimento de atividades relacionadas ao produto.

Em apreciação prévia sobre a denúncia, a Procuradoria Regional do Trabalho afirma que as fotos apresentadas pelos sindicalistas evidenciam que o produto está totalmente exposto, sujeito às chuvas e ventos, em contato direto com o meio ambiente e os trabalhadores.

Consta nos autos o resultado de análise realizada pelo setor de Segurança do Meio Ambiente e Saúde da Petrobrás Transporte S.

A – Transpetro – na qual foi evidenciado limite de quantificação extremamente elevado de metais pesados e existência de substâncias cancerígenas no produto em questão.

Em 19/11, os trabalhadores realizaram manifestação de protesto em Suape.

Na ocasião, eles usaram máscaras nos rostos para falar da gravidade do problema. “Não há a menor dúvida que é um desrespeito do Porto de Suape ao meio ambiente, uma vez que o produto fica a poucos metros do mar e a saúde dos trabalhadores que manuseiam diretamente o produto, bem como aqueles que trabalham indiretamente, já que seu armazenamento é feito de forma inadequada”, assinalou o coordenador geral do Sindipetro, Luiz Antônio Lourenzon.