Na cerimônia pública que encerrou-se agora há pouco, no Palácio do Campos das Princesas, também chamou a atenção da imprensa a presença da diretoria da Celpe e da presidência do grupo Neoenergia, que controla a empresa, privatizada no primeiro governo Jarbas Vasconcelos.

O governador Eduardo Campos, depois de ter criticado duramente a empresa na campanha eleitoral, parece ter feito as pazes com os executivos da companhia.

O presidente do grupo, Marcelo Corrêia, aparece até no vídeo em homenagem à figura do ex-governador Miguel Arraes, exibido para o presidente Lula e seus ministros.

No evento, o governo comemorou a marca de ser o primeiro estado do Norte e Nordeste a universalizar o acesso e o uso da energia elétrica. “Neste final de ano, vai garantir uma cobertura de 100% de seu território, o que na prática representa que todo cidadão que quiser que a rede elétrica da Celpe chegue a sua residência precisará apenas solicitar à Celpe que faça a ligação”, informou o governo.

A universalização foi concluída nos dois primeiros anos do governo Eduardo Campos, quando cerca de 30 mil ligações fizeram Pernambuco chegar próximo dos 100% de propriedades atendidas, atingindo assim as metas estipuladas pela Aneel.

As ligações, feitas pela Celpe, correspondem à contra-partida da empresa contratada com o Estado no processo de privatização. “Por contrato, a Celpe ficou obrigada a investir parte do seu faturamento em eletrificação rural.

E este compromisso teve origem na Lei que autorizou a privatização, aprovada ainda no Governo Arraes, como condicionante absoluta à alienaão do controle da empresa”, explicou o Secretário de Recursos Hídricos e Energia do Estado, João Bosco Almeida.