Na semana que passou, uma das milhares de leitoras atentas do Blog de Jamildo relatou problemas em uma viagem a Fernando de Noronha em um navio da CVC.
O blog acaba de receber um novo questionamento, ainda mais esquesito, devidamente documentado.
Cruzeiro p/ Fernando de Noronha pela CVC Viagens Viagem realizada no período de 21 a 25 de novembro de 2008 no navio Ocean Countess Essa viagem deu o que falar.
A começar há um ano atrás quando compramos o pacote do cruzeiro com saída para o dia 12/12/2007.
Seria a minha viagem de lua-de-mel.
Meu esposo e eu compramos roupas, alugamos roupas de gala para o jantar com o comandante, tivemos que conseguir folgas no trabalho, compramos malas, enfim, nós nos preparamos para uma viagem que não aconteceu pois simplesmente na semana da saída do navio uma funcionária da CVC nos informa, sem mais nem menos, que a mesma foi cancelada devido problemas com o Navio Pacific.
Tivemos que agendar outra data para viajar.
E nossa viagem de lua-de-mel foi para o espaço!
Agora, depois de esperar um ano enfim viajamos dia 21/11/2008 e por pouco não tivemos nossa viagem cancelada mais uma vez.
Lemos a notícia no site www.viajeaqui.abril.com.br.
Outro navio.
Como nos informou a notícia acima, o navio Pacific foi substituído pelo Ocean Countess.
Não viajamos no navio que fechamos o cruzeiro!
E além disso tivemos mudanças nos horários de check in.
Antes era das 13 às 15h e depois passou a ser das 14 às 18h.
Com isso, como não sabíamos da alteração, tivemos que ficar lá esperando para poder fazer o check in.
Outra cabine.
Com a mudança do navio, mudaram também nossa cabine.
Nós estávamos no Pacific numa posição central do navio e, após mudança, passamos a ficar numa péssima posição: a 1ª cabine da proa (Cabine VTB1).
Isso foi o cúmulo!
Foi aí que entramos em contato com a agência e a gerente conseguiu emitir um novo voucher com uma cabine diferente e mais central (cabine VTB88).
Chegando no navio tal cabine já estava ocupada e, ao que parece, não havia sequer nada constando de que aquela cabine era nossa, pois o adesivo que colocaram na nossa mala na hora do embarque era da cabine VTB1.
Fizemos, então, reclamações na recepção e pedimos nossa cabine de volta se é que um dia foi nossa!
Após mais de 4 horas de espera, pois havia muita gente fazendo reclamações, conseguimos uma alteração de cabine (fomos para a V23) mas que, mesmo assim, ainda estava longe da posição central do navio na qual nos encontrávamos antes.
Camas de solteiro.
Ao entrar nas cabines tivemos outra surpresa desagradável: Camas de solteiro que não se juntavam.
Mas ora!
Nós compramos cama de casal!
Cadê a cama de casal?
Simplesmente não tinha.
Nem na primeira (VTB1) nem na segunda (V23) e nem na maioria das cabines do navio.
E, para isso, não foi dada nenhuma solução e tivemos que dormir separados o cruzeiro todo.
Já não agüentávamos mais.
A Cabine.
Não havia cofre na cabine.
A TV não disponibilizava canais, apenas um de instruções do navio.
A ducha não tinha pressão, saía apenas umas poucas gotas e isso dificultava a regulação água quente-fria.
Ao acionar a descarga subia um odor extremamente desagradável.
Os lençóis estavam limpos, mas davam uma impressão de velhos, já bastante usados.
Não havia conforto nenhum. À noite fazia muitos barulhos, oscilava muito, era muito desconfortável a dormida.
Acordávamos com as costas, pernas e nuca doídas.
Era horrível!
Tripulação A tripulação quase na sua totalidade era estrangeira.
Isso dificultava a comunicação e informações.
Nosso camareiro mesmo não entendia absolutamente nada de português.
Tínhamos que ficar fazendo mímicas para poder nos comunicar com ele.
Recreação e Entretenimento.
Não se via recreação nenhuma no navio, a não ser uma tarde que fizeram um jogo homens x mulheres lá.
Tirando esse instante, nós não tínhamos nada para fazer durante o dia. Íamos dormir muitas vezes.
A piscina ficou vazia o cruzeiro todo, inutilizada.
A sauna estava com aspecto de “gordura” quando a gente ia lá saia com o biquíni sujo.
Desleixo e desorganização.
Festas.
Algumas atrações foram canceladas, como a festa funk que deixou muita gente esperando até mais de 1h da madrugada e não teve e nem ao menos nos informaram do cancelamento.
A festa com o comandante foi outro fracasso.
Não se podia tirar foto com o comandante na nossa câmera, apenas na câmera de uns funcionários de lá.
Eles tiravam e vendiam por 6,80 dólares.
Um roubo!
Mudança no turno de refeição.
Quando nós pegamos os nossos cartões percebemos que alteraram o nosso turno da refeição.
Nós pedimos 2º turno e constava 1º turno.
Mais um aborrecimento.
Tivemos que ir na recepção mais uma vez e pedir para que alterasse o turno da janta.
Comidas e bebidas.
Cadê as 6 ou 7 refeições diárias?
Não tinha!
A hora das refeições era a pior hora.
Havia filas enormes.
Muitas vezes as pessoas quando começavam a se servir já tinha boa parte das comidas acabado.
Tinha gente que levava frutas, iogurtes e sanduíches na bolsa p/ não passar fome.
No jantar, serviam pratos com pouquíssima comida (pedíamos vários pratos para concluir a janta) e demorava muito para sair.
A culinária era grega e nós, passageiros como um todo, somos brasileiros.
Era para termos comida da culinária brasileira.
Era horrível.
Não tinha nem variedade nem qualidade.
Quanto a água ninguém conseguia beber.
Tinha um gosto extremamente desagradável, como salobra.
Quando eu tinha sede não bebia a água, bebia apenas refrigerante, pois sucos naturais da fruta não tinha.
Só serviam apenas sucos de caixa, artificiais e de péssimo gosto.
Translados Os translados navio-terra e terra-navio demoravam muito.
A gente ficava horas esperando para poder pegar os barcos.
Isso era péssimo.
Malas para fora e desocupação das cabines.
A gente teve que colocar as malas pra fora da cabine até as 2h da madrugada do dia de desembarque e desocupar as cabines às 8h e ficar até 14h, que foi quando a gente desembarcou, com as malas andando para cima e para baixo no navio.
Isso é que é uma tremenda falta de consciência!
Fechamento de contas.
Quando todos nós embarcamos nos informaram que no final da viagem podíamos pagar as contas com cartões de crédito ou débito ou dinheiro.
Quando chegou no dia de pagar as contas, o sistema de cartões estava inoperante e só estavam recebendo pagamento em espécie, gerando, mais uma vez, transtornos e aborrecimentos entre os passageiros.
Alguns tiveram que devolver mercadorias compradas no navio para poder ter o dinheiro para quitar o débito.
Isso eu nem vou comentar…
Enfim, dentre essas e outras coisas que podemos ter esquecido de mencionar, o que era p/ ter sido o “Cruzeiro dos sonhos” virou o “Cruzeiro dos Horrores”.
Todas essas coisas inadmissíveis não podem ficar por isso mesmo.
Compramos uma coisa e no final tivemos outra.
Esperamos, meu esposo e eu, que medidas sejam tomadas a fim de sermos recompensados por tudo o que passamos durante o cruzeiro.
A agência CVC viagens do Shopping Center Recife já está ciente (Maysa_gerente) de tudo o que aconteceu e o Nº da reclamação feito no dia 26/11/2008 é o 220483.
Nosso Nº do contrato é o 2310-013458.
Atenciosamente, Marília Virgolino de Oliveira George Gonçalves de Oliveira e Silva