A Segunda Câmara do TCE emitiu parecer prévio recomendando à Câmara de Vereadores de Abreu e Lima a rejeição das contas do ex-prefeito e ordenador de despesas, Jerônimo Gadelha de Albuquerque Neto, relativas ao exercício financeiro de 2002.
Ele terá que restituir ao erário a importância de R$ 5.514.797,89 solidariamente com Fábio Adriano Cavalcanti Gadelha, Diomar Veiga Diniz, Marcelo Alexandre Silva Correia, Antonio José Gadelha de Albuquerque Júnior, Joselma Silvana da Silva e Francisco de Assis da Silva.
De acordo com o relator do processo, auditor substituto Marcos Nóbrega, está documentalmente provado nos autos um conjunto de graves irregularidades praticadas pelo ex-prefeito e seus assessores, tais como superfaturamento de obras, licitações fraudulentas, criação de empresas de fachada e com endereços fictícios para a prestação de serviços à prefeitura, não recolhimento de INSS e FGTS sobre a folha de salários e outras.
O relatório da equipe técnica foi chancelado verbalmente pela representante do Ministério Público de Contas, Eliana Maria Lapenda de Moraes Guerra, para quem “as falhas são graves e não podem ser colocadas embaixo do tapete”.
O advogado Márcio Alves fez a defesa oral do ex-prefeito, mas seus argumentos não sensibilizaram os outros dois membros da Câmara, conselheiros Marcos Loreto (presidente) e Fernando Correia.
Além de ter suas contas rejeitadas, Gadelha foi penalizado com “Nota de Improbidade” e cópias do processo serão enviadas ao Ministério Público Estadual, via MPCO, para as providências que se fizerem cabíveis.