Por Renata Cavalcanti À CVC Turismo Prezados Senhores, Através da presente venho destacar detalhadamente os diversos atropelos e irregularidades que ocorreram no New Pacific que saiu de Recife em 21/11/2008.

Toda viagem programada deve ser motivo de descontração, relax e alegria.

Para nós, foram momentos de desconforto, estresse e falta de respeito.

Assim como divulgado no contrato e no site da CVC as cabines teriam TV a Cabo e cofres, o que não aconteceu.

Na área em comum deveria ter internet para os passageiros, o que também não existia.

Sendo assim, ficamos incomunicáveis já que não há sinal para telefones celulares em alto mar.

Os computadores, apenas 03 (três), para uma quantidade de 650 (seiscentos e cinqüenta) pessoas estavam sem funcionar.

Ou seja, qualquer problema sério existente em terra não poderia ser resolvido por quem estava no mar.

Quem tinha filhos, parentes, pessoas doentes não poderiam saber notícias porque o navio não tinha condições suficientes para solucionar tal problema “inicial”.

A hora das refeições se transformou em hora do caos, já que a qualidade das comidas, atendimento e organização irritavam qualquer ser humano.

As filas intermináveis, a falta de infra-estrutura e da falta de informações chegava a deixar muitos passageiros sem fazer tais refeições.

Muitas vezes se pensava: ficar com fome ou encarar a falta de respeito com o cidadão?

Como o pacote destacava all inclusive não pensávamos em passar fome ou ter que comer qualquer coisa em um tumulto sem fim.

Faltava de tudo desde um mixto quente no café da manhã (havia no cardápio à la carte) como também, um refrigerante diet no jantar, molhos nas massas, pratos que estavam no cardápio.

Muitos garçons mal sabiam o que fazer diante da falta de estrutura montada.

Pessoas saiam das mesas e se serviam nos balcões de apoio, já que não tinham sido atendidas.

Pensávamos muitas vezes se era um pesadelo ou teríamos que implorar por um prato de comida!!!

Carnes sem tempero, enfim, comíamos para não ficarmos 05 (cinco) dias sem fazer refeições..

Repito, compramos um pacote com todas as refeições incluídas!!!

Melhor ou pior?

Tínhamos duas opções: horas na fila de buffet ou implorar para ser atendido e ter que comer pessimamente?

Faço tais questionamentos até agora!!

As atividades de entretenimento só funcionavam à noite, os Shows apresentados eram bons, mas a noite do comandante foi um verdadeiro fiasco!

Baile?

Noite do Comandante?

Gala?

O que existiu foi um coquetel muito fraco e só…

Funk?

Pancadão?

NADA!!

HAVIA NA PROGRAMAÇÃO MAS, O QUE RESTOU FOI APENAS DESANIMAÇÃO!!

Muitas pessoas sozinhas não se conheciam e saíram isoladas, porque não existiam atividades de interação, UM DOS PRINCIPAIS ATRATIVOS DE UMA VIAGEM DE NAVIO.

A piscina seca, a sala de ginástica com apenas 02 (duas) esteiras…Mais uma vez, apenas duas para seiscentos e cinqüenta pessoas quase não foi utilizada, pela desmotização que tomou conta de tudo e de todos.

Não importou idade, sexo, profissão ou motivo de realização da viagem de navio o que existiu na verdade foi um descontentamento generalizado e decepção total.

Muitos programaram, assim como eu, a viagem há meses o que sobrou foi falta de paciência e indignação com tudo.

Ficávamos perplexos diante de tamanha inexperiência e desrespeito com o próximo.

Quando finalmente se chega na paradisíaca ilha de Fernando de Noronha, mais um tumulto, apenas 02 (dois) barcos faziam a travessia de 650 (seiscentos e cinqüenta) tripulantes do navio para a terra no primeiro dia.

Fora que não havia informação prévia de que teríamos que pegar uma senha na recepção para que fosse realizado o desembarque.

Pessoas acordaram muito cedo para aproveitar a única coisa boa da viagem: A ILHA e tiveram que esperar HORAS para chegar lá….

Não tenho adjetivos para escrever diante de tanta falta de respeito.

Em todos os informativos sobre a viagem destacava que o pagamento poderia ser efetuado com dólar, cartão de crédito internacional e, excepcionalmente neste pacote, o real.

Para indignar ainda mais cada cidadão que pagou, se esforçou para viajar, NÃO ACEITAVAM CARTÕES DE CRÉDITO.

Informaram, apenas no encerramento das contas que o pagamento deveria ser feito de outra forma, ou seja, muitos contavam com esta opção de pagamento e fizeram gastos contando com isso!!

Resultado: PASSAGEIROS!

ARRUMEM A QUANTIA E PONTO FINAL!

Casais em lua de mel foram acomodados em cabines com camas separadas e até em beliches!!

Muitos deles consternados com o pesadelo que se tornou em uma data significativa em que muitos sonhos foram destruídos.

Crianças!!!

Coitadas!!!

Não tinham o que fazer no navio!!

Os pequenos choravam diante da falta de opções de lazer!!

Mais parecia um navio de imigrantes que desolados se uniram para mover uma ação conjunta contra a CVC!!

Para finalizar, destaco a falta de atenção da CVC com a minha pessoa.

Paguei o mesmo que todos que ali estavam e, não recebi a bolsa de viagem da CVC.

TODOS RECEBERAM bem como, informações importantes sobre embarque, desembarque, programação enfim, tudo que uma operadora/agência deve fazer com o cliente.

Termino aqui a primeira forma de expor minha decepção, descontentamento e indignação diante de um terror vivenciado por mim e pelos muitos que fizeram o cruzeiro do terror.

Destaco que entrarei assim como centenas, com um processo judicial contra a CVC a fim de que muitos não passem pelos terríveis momentos passados por mim.

PS: Renata Cavalcanti é professora universitária, funcionária pública, mestre em Turismo e Hotelaria, Cidadã Brasileira e SER HUMANO.