De Economia / JC Prometendo preços entre 6% e 15% inferiores aos praticados no mercado local, começa a operar hoje no Estado o Sam’s Club.

A loja, um misto de atacado mais sofisticado com um pouco de varejo, é mais uma marca do Wal-Mart no Brasil.

Voltada à comercialização de produtos apenas para associados, o Sam’s recifense inicia as operações com 55 mil sócios.

Segundo o vice-presidente do Sam’s no Brasil, José Rafael Vasquez, nenhuma outra operação dessa bandeira no País começou com esse número de sócios. “O local que se aproximou do Recife quando comparado o número de sócios na inauguração foi Campinas, em São Paulo, que abriu com 28 mil pessoas credenciadas em novembro do ano passado”, compara Vasquez.

Para atendimento inicial, a equipe de 165 profissionais contratados para essa nova operação foi reforçada com funcionários de outros clubes da região.

No Brasil, o Sam’s Club soma 1,152 milhão de sócios.

No mundo, com 724 unidades, são 47 milhões de sócios.

Hoje, o Wal-Mart tem a bandeira Sam’s Club nos Estados Unidos, o maior mercado, com 592 clubes, no México, com 88, Canadá, com 9, China, com 4 unidades, Porto Rico com outras 9.

O Brasil tem 22 lojas com esse perfil, já contabilizando a unidade recifense.

A loja, localizada na Imbiribeira, vai operar entre 7h e 21h diariamente e domingos e feriados entre 9h e 19h.

Hoje, como é a inauguração, o atendimento começa às 9h.

O investimento no Recife para a compra do terreno, construção do galpão e abastecimento inicial foi de R$ 35 milhões. “Montamos uma estrutura simples, mas que é um pouco melhor do que o atacado normal.

Assim mantemos a possibilidade de oferecer preços melhores.

O preço da mercadoria está relacionado ao custo operacional.

Se você eleva o custo da operação, perde competitividade”, justifica Vasquez.

O público-alvo dessa operação é o pequeno comerciante – como donos de padarias, motéis e restaurantes – que pode comprar embalagens grandes, muitas delas fabricadas graças a uma parceria entre o fornecedor e o Wal-Mart, ou mesmo em grande volume.

Para a pessoa física, que fará compras para consumo do mês, a vantagem está na oferta de “pacotes” com duas embalagens em tamanho normal, o que possibilita a destinação doméstica.

Para o consumidor que compra no varejo normal, como nas lojas do Bompreço, por exemplo (uma empresa do mesmo grupo), o preço pode ter vantagem de 15%.

Em relação ao atacado que já opera na cidade, o comando do Sam’s argumenta vender os produtos até 6% mais baratos. “O nosso diferencial é a grande oferta de produtos importados que não são encontrados em qualquer loja”, reforça Vasquez.

Muitos dos itens – de um total de 7.000 – são ofertados apenas uma vez, como panelas importadas ou adegas.

A loja oferta desde pães a mesas de som profissionais e uma farta linha de eletrodomésticos.

Para se associar, cada consumidor paga uma anuidade de R$ 45 e tem direito a um cartão adicional para a família.

No caso das empresas, o valor também é de R$ 45, podendo colocar até oito cartões adicionais, a um custo de R$ 15 cada.

Caso o associado não fique satisfeito com o modelo de venda, pode solicitar o cancelamento do cartão e ter a anuidade paga de volta.

O pagamento das compras será feito com cheque, débito em conta, dinheiro ou cartão de crédito HiperCard – o único que será aceito na loja.

Muitos produtos são parcelados em três, seis ou até 12 vezes.

Mas só no HiperCard. “Não podemos alongar o prazo porque o custo do dinheiro é muito alto e isso inviabilizaria esse formato de venda”, diz o vice-presidente.

Com relação à alta do dólar e o impacto sobre boa parte do estoque – o percentual não é revelado –, o executivo explica que vários contratos foram revistos, com a indústria cedendo também para não ter prejuízo.