ANAC versus DAC Porque a ANAC não fiscaliza a aviação como deve?

A direção da ANAC foi criada pelo governo federal para substituir a antiga e eficiente administração dos Militares da Aeronáutica, o extinto DAC.

Desde sua criação quase não houve contratações ou concursos na parte de pessoal e quem vem dando o suporte a seu funcionamento são os militares que trabalhavam no extinto DAC.

Militares que foram desviados de suas funções a serviço da nação para serem os “funcionários civis da ANAC”.

Não se sabe se acumulam salários, mas que ocupam um cargo acumulado, todos da aviação já sabem.

Então porque não fiscalizam?

Como boa parte desses militares hoje trabalha como “civil” nos escritórios da ANAC, exercem funções civis, mesmo sendo militares, mas são subordinados às leis civis, impostas pelo regime civil da ANAC.

Uma verdadeira contradição.

Tudo por que falta pessoa para contratar por meio de concurso.

Na época do extinto DAC, esses militares e os fiscais, também militares, se deslocavam às diversas capitais brasileira para fazerem plantões nos aeroportos.

Tinham suas despesas pagas pela nação, mas em sua grande maioria se nos alojavam diversos quartéis dessas cidades.

As despesas eram custeadas pelos quartéis que os recebia e não havia gastos astronômicos.

Como a ANAC hoje é um órgão civil, e seus fiscais são “civis de farda”, não fazem mais o papel de um militar e são deslocados a hotéis e fazem despesas que cabem no orçamento do órgão.

Por exemplo: hoje se torna muito dispendioso manter um fiscal diariamente no aeroporto de Natal por ter que pagar diárias de hotel, transporte, alimentação e os ganhos de auxilio deslocamento para esses fiscais.

Volto a falar para melhor entendimento, o “X” da questão são as diárias.

Como o órgão que agrega a fiscalização no Nordeste está localizado em Recife, manter um ou dois fiscais em cada uma das capitais nordestinas se torna uma despesa muito alta para o órgão.

Esses próprios “fiscais civil-militares” recebem diárias com valores astronômicos, o que faz com que tenham a vontade de sempre estarem fora de Recife para complementar seus salários de militar.

Não que sejam desonestos, ao contrário são pessoas de caráter ilibado, mas que exercem uma função que não são pagos para tal.

Deviam estar de volta aos quartéis.

Da mesma forma é que a fiscalização em Recife é inexistente pelo simples fato de não existir nenhuma diária a ser ganha, por serem de Recife, é que os faz ter corpo mole para fiscalizar.

Querem e brigam para serem designados a fiscalizar em outros estados, para terem suas “diárias”.

Como a ANAC até hoje não tomou uma atitude mais séria sobre como fazer suas novas contratações, o pessoal da aviação civil vai se virando como pode.

Empresas usam e abusam da sorte por não terem os fiscais em suas portas.

Quanto aos aviões particulares (tipo TPP), são notório e verdadeiro que muito fazem um “bico” as empresas de táxi aéreo para minimizarem seus gastos no final do mês, e não será um fato isolado o avião do Chimbinha.

São os chamado vôos de TACA - os verdadeiros vôos da morte.

Esta situação já era conhecida pelo antigo DAC, mas era um fato isolado e hoje é um fato corriqueiro da ANAC.

Temos hoje uma aviação feita por militares, subordinada por civis, com falta de pessoal, uma burocracia tremenda e diretores e presidentes (da ANAC) sem nenhum tipo de conhecimento de aviação - uma verdadeira fórmula explosiva.

Um barril de pólvora que explode todos os dias.

Basta ver os últimos acidentes aéreos no Brasil.

Só não vê quem não quer…

PS: contribuição de um leitor atento do Blog de Jamildo na área de aviação.

Nome omitido a pedido.