O Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco (Sindurb), filiado à CUT-PE, realizou nesta quarta-feira (26), de manhã, um ato público denunciando uma suposta ‘política de baixos salários e assédio moral do Grupo Neoenergia/Celpe’.

A atividade foi realizada em frente ao prédio-sede da empresa na Av.

João de Barros, bairro da Boa Vista.

Os sindicalistas denunciaram que desde a privatização da Celpe, os trabalhadores têm sofrido com arrocho salarial, restrição de benefícios, sobrecarga de trabalho e o assédio moral. “Com intimidações, ameaças e humilhações diárias”.

De acordo com o presidente do Sindurb, José Gomes Barbosa Filho, durante a campanha salarial dos trabalhadores, a empresa intensificou a política de intimidações, usando da tática de postergar ao máximo possível o pleito da categoria, prolongando por até seis meses as negociações, deixando os trabalhadores sem Acordo Coletivo e ameaçando cortar conquistas. “Estas ameaças são divulgadas, inclusive, no sistema de comunicação interna da empresa.

Tudo isso para desestabilizar emocionalmente os trabalhadores”, destacou..

Segundo ele, a sociedade pernambucana também é vítima da política do Grupo Neoenergia/Celpe, que do ano 2000 ao ano 2007 elevou em 211% as tarifas de energia, enquanto que a inflação deste mesmo período foi de 63,33% pelo IPCA. “Trata-se de uma abusiva política tarifária, de uma apropriação da renda da população, que passou a pagar muito mais caro pela energia.

Graças ao povo pernambucano, que paga as contas de energia, e ao esforço dos trabalhadores, a Celpe tem alcançado exorbitantes lucros.

Só no primeiro semestre de 2008, o lucro da empresa foi de R$ 223 milhões”, enfatizou.

Na opinião de José Barbosa, ‘a desenfreada terceirização na empresa’ provocou uma ‘queda na qualidade dos serviços’. “O Grupo Neoenergia/Celpe demonstra não ter nenhuma preocupação com a sociedade ou os trabalhadores, o compromisso é apenas com os acionistas (Previ, Banco do Brasil e a espanhola Iberdrola)”. “Esperamos contar com a sensibilidade e o apoio das lideranças políticas, sindicais e sociais, com objetivo de realizarmos uma grande pressão contra o Grupo Neoenergia/Celpe. É preciso que reivindicações dos trabalhadores sejam atendidas e que seja dado um basta na política de exploração da sociedade e dos trabalhadores”, ressaltou.