Por Wagner Sarmento e Margarida Azevedo, de Cidades / JC A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apura possível irregularidade no vôo do bimotor King Air B200, que resultou na morte de duas pessoas e deixou oito feridos em acidente domingo, em San Martin, Zona Oeste do Recife.
De acordo com o órgão, o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) do avião determina a presença de um co-piloto.
Logo depois do acidente, foi ventilado que Bruno Carvalho Carneiro, 29, estaria desempenhando a função informalmente.
A família do rapaz garante que ele estava na aeronave como passageiro.
Se o bimotor decolou sem co-piloto, a responsabilidade seria do comandante do vôo e dos donos da aeronave.
Como o piloto Eurico Pedrosa Neto, 47, faleceu no desastre, a JC Shows Ltda, pessoa jurídica da banda Calypso, responderá caso a hipótese seja confirmada.
Em havendo autuação, a empresa tem 20 dias para apresentar defesa, que será analisada por uma junta da Anac.
A multa pode chegar a R$ 5 mil.
Parente assegurou que Bruno, embora seja piloto e estivesse na cabine do avião, não atuou como co-piloto no trajeto de Teresina, no Piauí, ao Recife. “Ele estava na cabine porque foi convidado, conhecia o comandante.
Não é co-piloto, é piloto privado.
Nesse vôo ele era passageiro.” O advogado da Luan Promoções, Marcos Benevides, informou que Bruno estava fardado no avião. “Portanto, presume-se que ele atuou como co-piloto”, limitou-se a dizer.
A Anac vai investigar se ele estava habilitado para operar aquele modelo de aeronave.
Se houver irregularidade, Bruno pode pagar multa de até R$ 3 mil ou perder a habilitação.
O chefe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), tenente-coronel João Carlos Bieniek, informou que pedaços do avião como motor e hélices serão recolhidos para análise.
Bieniek disse já ter em mãos o plano de vôo e o peso de decolagem do bimotor.