Às voltas com a cassação do governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima, outro importante julgamento eleitoral toma lugar, desta vez, no Recife.

Em menor instância, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) vai julgar nesta segunda-feira (24) o recurso impetrado pelo prefeito eleito João da Costa (PT) contra a sentença do juiz Nilson Nery que cassou o registro do petista.

A expectativa é grande e o dia promete ser de tensão, a começar por todo o rito que envolve um julgamento desta natureza.

A partir das 16h, os sete desembargadores do TRE irão se reunir em torno do tema na sessão do Pleno.

Primeiro, a desembargadora Margarida Cantarelli, sorteada para ser relatora do caso, vai ler o documento que preparou com base nos argumentos da defesa e acusação (Ministério Público).

Antes de dizer o voto, Cantarelli ouvirá as alegações dos advogados do PT e do MP.

Em seguida, os demais desembargadores se pronunciam - dizem se concordam ou não com a desembargadora.

Enquanto votam, os magistrados devem tecer comentários para embasar seus posicionamentos.

O presidente do TRE, Jovaldo Nunes, só vota em caso de empate.

A sessão pode durar mais de 1 hora.

Se o TRE mantiver a condenação, João da Costa terá que recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral para garantir o seu mandato.

Caso contrário, o ex-secretário de Planejamento do Recife ficará livre da acusação de abuso do poder econômico e político por suposto uso da máquina pública, imputada pelo juiz das Investigações Judiciais do Recife, Nilson Nery.

Costa foi condenado, em primeira instância, por dois episódios.

No primeiro, pelo lançamento da revista do OP, em março deste ano, na qual teria, supostamente, promovido sua então pré-candidatura a prefeito.

No segundo, em plena campanha, pelo uso de prepostos, que teriam cooptado servidores da Secretaria de Educação.

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