Por Inaldo Sampaio, da coluna Pinga Fogo / JC O prefeito João Paulo não conseguiu identificar, ainda, dentro ou fora do PT, quem teria passado a informação para duas revistas semanais (Veja e Isto É) de que estaria “mendigando” um ministério ao presidente Lula, se possível o do turismo. “Quem me conhece tem certeza de que eu jamais faria isto”, afirma o prefeito do Recife, que está se despedindo do governo como nenhum outro prefeito da capital se despediu nos últimos 25 anos: com um índice de aprovação superior a 70%.

Além de ter sido o primeiro ex-operário a chegar à prefeitura, ele conquistou a reeleição ainda no primeiro turno, e fez o sucessor também no primeiro, com apoio de uma frente de 16 partidos, incluindo o do governador Eduardo Campos (PSB).

Tem portanto motivo de sobra para encontrar-se feliz e de bem com a vida, permitindo-se dar-se ao luxo de viajar para Portugal, na próxima terça-feira, para inspecionar na cidade do Porto, “irmã” do Recife, a construção da “Casa de Pernambuco”.

Nada obstante, é razoável admitir que, sendo ele a maior liderança do PT no Estado e uma das maiores no Nordeste, perdendo apenas para o governador da Bahia, Jaques Wagner, tenha o seu nome cogitado para o 1º escalão do governo Lula.

Mas ele não pediu nem pedirá, nem ao presidente da República nem ao partido, qualquer tipo de espaço no governo federal.

Se vier, ótimo.

Se não, continuará tocando a vida no Recife como assessor informal do prefeito João da Costa e se preparando para uma eventual candidatura ao Senado em 2010.