O JC deve estar inventando uma crise, com certeza, como diria o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, que criticou a imprensa por falar da crise mundial.
A Moura deve estar apenas com uma crise psicológica, passageira.
Por Angela Fernanda Belfort, em Economia A Baterias Moura vai dar férias coletivas para os seus 1.200 funcionários que trabalham nas atividades industriais devido à redução nos pedidos das montadoras de veículos provocada pela crise que começou nos Estados Unidos e se alastrou pelo mundo.
O descanso remunerado ocorre em forma de rodízio por blocos de funcionários, formados por 100 a 200 pessoas.
O primeiro grupo já está de férias coletivas.
Geralmente, a indústria dá férias coletivas em dezembro.
A empresa produz baterias e cerca de 25% de tudo que é fabricado se destinada ao setor automotivo.
As férias coletivas começaram há 15 dias e ocorrerão até o final de janeiro de 2009.
As fábricas da empresa estão instaladas em Belo Jardim, no Agreste do Estado, e em São Paulo.
Na primeira, cerca de 1 mil pessoas trabalham na parte fabril.
Na unidade paulista, 200 trabalhadores atuam na área industrial. “A nossa previsão é que ocorra uma queda de 30% no fornecimento às montadoras nos próximos dois meses”, disse o vice-presidente da Baterias Moura, Paulo Sales.
Ele afirmou também que a empresa pretende tomar outras medidas, caso a crise continue nessa proporção e acrescentou que fará “tudo que for possível para que não ocorra redução no quadro de pessoal”.
A crise também deve atingir o principal mercado da empresa que é o de reposição (de peças), que consome 60% de toda a sua produção. “O pior dessa crise é que ela aconteceu de uma forma diferente das outras.
Ela se instalou de imediato, porque faltou crédito para o consumidor”, explicou Sales.
A falta de crédito ocorreu em decorrência da crise que quebrou financeiras e bancos no exterior.
Com isso, o dinheiro (crédito) diminuiu em todo o mundo e também no Brasil.
Atualmente, várias montadoras brasileiras estão dando férias coletivas, porque a falta de crédito trouxe queda nas vendas.
PLANOS PARA 2009 O cenário de crise também fez a empresa rever os planos de crescimento para 2009. “Anteriormente, a nossa expectativa era que ocorresse um aumento das vendas entre 13% e 14% no próximo ano.
Agora, queremos que 2009 repita as vendas de 2008”, comentou Sales.
Este ano, a empresa deve vender 4,5 milhões de baterias, o que vai representar um incremento de 7% sobre as vendas de 2007.
Comparando as vendas de 2007 com as de 2006, a companhia registrou um aumento de 15%. “Nos últimos 10 anos, é a primeira vez que o percentual de crescimento será menor do que o ano anterior”, contou Sales.
A crise, segundo Sales, trouxe um fator positivo para a empresa: a queda no preço das commodities (mercadorias agrícolas e metais). “O chumbo, uma das nossas matérias-primas, ficou mais barato”, afirmou.
A empresa comprava a tonelada desse metal por US$ 500 em 2004.
A mesma quantidade do produto chegou a ser comercializada por US$ 4 mil em outubro do ano passado e agora custa US$ 1.500.
O diretor acredita que o preço em queda das commodities pode aquecer o mercado, porque mais pessoas vão consumir, já que esses preços baixaram.
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