Análise da crise - empresários da RMR View SlideShare document or Upload your own.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, durante fala no CEO Fórum Nordeste, realizado pela Câmara Americana de Negócios (Amcham) no Arcádia Paço, Bezerra falou que não há crise em Pernambuco e ainda culpou a imprensa.
Segundo ele, a imprensa faz questão de realçar matérias sobre a crise. “Quando abrimos as páginas dos jornais e assistimos o noticiário da televisão, o assunto é dominado pela preocupação com o cenário da economia mundial”, iniciou a fala o secretário. “Não poderia deixar de encerrar as minhas palavras sem fazer uma provocação à imprensa.
Essa crise vai ter o tamanho que a gente queira dar a ela.
Crise econômica é crise de confiança.
Se a gente tiver a confiança que vamos suplantar ela temos os instrumentos para isso”, disse, para depois criticar a abordagem de uma matéria sobre como a crise afetava os negócios da Coca-Cola no Brasil.
PS do Blog de Jamildo: o secretário é boa gente, mas cometeu uma injustiça com a imprensa local, em 99% das vezes generosa com a sua pessoa e suas ações na secretária.
Não foi a imprensa local que inventou a crise.
Além disto, portador não merece pancada, como se dizia antigamente.
No mesmo dia em que reclamou da mídia terrotista (seria uma nova versão da mídia golpista dos petistas?), a Fecomércio divulgou uma pesquisa, estampada na capa de Economia do JC, relatando a apreensão dos empresários locais.
Seriam os empresários também negativistas?
O Centro de Pesquisa do Instituto Fecomércio-PE entrevistou na primeira semana de novembro 544 empresários e gerentes do varejo da Região Metropolitana do Recife para saber como avaliam a atual crise da economia internacional.
Só de 28,7% dos entrevistados acredita que a crise não atingirá o Brasil ainda este ano, o que deve ser lido como um indicador de que há um grupo considerável de dirigentes do comércio que esperam um fim de ano sem influência da crise, sem dúvida uma posição otimista.
Os que foram ouvidos nos shoppings estão mais conscientes da crise, pois cerca de 80% esperam conseqüências para o país ainda este ano, contra pouco mais de 67,5% dos dirigentes que atuam no comércio tradicional.
Dentre os 71,2% que admitem que o país enfrentará uma crise ainda este ano, a grande maioria afirmou que as dificuldades também atingirão seus negócios.
Mas mesmo entre estes há 6,46% que acham que embora alcançando o Brasil em 2008 a crise não afetará seus negócios este ano.
Neste caso não há diferença significativa entre shoppings e o comércio tradicional.
A forma como a crise atingirá os negócios é avaliada de maneira muito semelhante pelos dirigentes dos shoppings e do comércio tradicional.
Nas duas áreas, cerca de dois terços das respostas indicam “aumento dos juros” e “aumento dos preços” como as principais dificuldades a enfrentar em 2009.
A “diminuição da renda do consumidor” aparece como mais uma das dificuldades a serem enfrentadas.
A inadimplência é mais temida no comércio tradicional do que nos shoppings.
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