O ex-presidene FHC tem o dom de criticar sem parecer que está criticando diretamente.
No seminário sobre Constituição e Desenvolvimento, na CNI, esta manhã, sem citar o governo Lula, o ex-presidente criticou o desperdício de oportunidades para mudanças. “O bom momento econômico (dos últimos anos) amoleceu o ímpeto reformista.
Como vai fazer agora (em meio a crise mundial)?
A reforma tributária, por exemplo?”, pontuou.
Dando conselhos de como as reformas poderiam sair do papel, o ex-presidente sugeriu que elas fossem discutidas com a sociedade porque não há como fazer pelo Congresso. “Não há consenso no Congresso.
Lá é a luta política (partidária)”.
FHC defendeu antes de mais nada um pacto com a mídia. “Dependendo de como a mídia qualificasse, a reforma morre na hora.
Foi assim quando eu defendi a reforma trabalhista.
Disseram logo que eu queria tirar direitos dos trabalhadores.
Tem que criar uma discussão que não cause medo.
Do contrário, não sai” afirmou.