A Parada da Diversidade do Agreste, que acontece em Caruaru, a 134 km do Recife, no próximo dia 23, chega a sua terceira edição.

Os organizadores esperam cerca de 10 mil pessoas no evento que terá três trios elétricos e será realizado na principal avenida da área central da cidade, a Agamenon Magalhães.

A concentração começa a partir das 16 horas na avenida de onde o desfile saira em direção ao pátio da Estação Ferroviária, no centro da cidade.

Este ano, o tema da Parada é “Pelo Direito de Ser.

Abaixo o Preconceito e à Discriminação.” O evento é organizado pelo Grupo de Resistência Gay de Caruaru (GRGC) e pela ONG Leões do Norte que tem sede no Recife.

A Parada conta nesta edição com o apoio do Ministério da Cultura e da Prefeitura de Caruaru.

No sábado, a cidade terá a festa pré-Parada que será feita numa das casas noturnas voltadas para o público GLBT.

A mobilização dos ativistas inclui uma divulgação em massa pelas cidades circuvizinhas que têm Caruaru como pólo. “A Parada serve para fortalecer os homossexuais na cidade e região. É para que abra um canal de discussão com o próximo prefeito para que possa ser criada uma articulação no sentido de promover a cidadania da população GLBT na área” explica o presidente da ONG Leões do Norte, Wellington Medeiros.

MACHISTA, MAS NEM TANTO Movida pelo comércio de confecções, Caruaru tem uma das maiores feiras ao ar livre do país, a chamada feira da sulanca. “O machismo também é uma de suas marcas, mas no São João tudo mudo.

Com uma das maiores festas juninas do país, a cidade vive o período junino como se fosse um carnaval”, diz o grupo.

Nessa época entram em cena as chamadas “drilhas” uma reinvenção da quadrilha que mistura bloco carnavalesco e trio elétrico com as tradições junias.

Atrás do trio elétrico e ao som do forró eletrônico, os participantes desfilam pelo mesmo percurso da Parada da Diversidade, a avenida Agamenon Magalhães.

Duas das drilhas fazem são inspiradas da sexualidade. “Numa delas, a Sapadrilha, as mulheres se vestem de homem e fazem par com outras mulheres.

Na Gaydrilha, os participantes brincam vestidos de mulher e tem espaço para travestis com super produções e muita paquera e sexo gay durante o desfile. É só tirar a fantasia que a liberdade acaba”, explica o ativista.