O deputado federal Raul Jungmann, do PPS, está na cola do juiz paulista desde o mês de setembro.

Naquele mês, depois que uma reportagem da Folha de São Paulo informou que De Sanctis havia repassado a policiais federais senhas que dão acesso irrestrito a cadastros e históricos de ligações telefônicas, o parlamentar fez um pedido oficial para que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se pronunciasse.

O corregedor do CNJ, Gilson Dipp, havia arquivado a ação, por não ver “indicação de falta funcional”.

Mas o parlamentar recorreu.

Nesta semana que passou, o recurso foi anexado à pauta do conselho.

O Conselho Nacional de Justiça decidirá nesta terça-feira se abre processo administrativo contra Fausto De Sanctis, o juiz encarregado do inquérito da Operação Satiagraha.

A decisão do CNJ, que é comandado por Gilmar Mendes, presidente do STF e desafeto de De Sanctis, aumenta a pressão sobre o juiz nesta semana.

Amanhã, o TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região poderá julgar pedido de afastamento de De Sanctis das investigações contra o banqueiro Daniel Dantas, encaminhado pela defesa do acusado.

E, ainda na terça, termina o prazo para que o magistrado decida se vai se inscrever para uma vaga de desembargador no tribunal, iniciativa que poderá tirá-lo do caso após eventual posse.