Do site Comunique-se O procurador de Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Federal, Roberto Dassié Diana, apontou o delegado da Polícia Federal Carlos Eduardo Pellegrini Magro como suspeito pelo vazamento de informações da Operação Satiagraha à imprensa, segundo reportagem publicada no Globo desta sexta (14/11).
Esse vazamento à “imprensa” refere-se fundamentalmente à TV Globo, das Organizações Globo.
Em manifestação de memorial enviada ao juiz Aliz Mazloum, o procurador do MPF, Roberto Dassié Diana, isenta o delegado Protógenes Queiroz e lança dúvidas sobre a isenção do delegado Amaro Ferreira, que investiga o caso e que apontou Protógenes como sendo o vazador. “Há algo de muito estranho nisso tudo e deve ser completamente esclarecido”, diz o procurador no documento.
Nele, Dassiê aponta que Pellegrini teria assumido a culpa pelo vazamento durante reunião em agosto, quando Protógenes reclamou que não teve apoio para a execução da operação. “Peço desculpas por ser o delegado mais velho e (…) não ter tido a capacidade de ter segurado a informação e vazado a informação para a imprensa”, teria dito Pellegrini, segundo o documento.
Em 09/07, um dia após da Operação Satiagraha, o ministro da Justiça, Tarso Genro, se desculpou com outras emissoras e pediu a abertura de inquérito administrativo na Polícia Federal para investigar o suposto vazamento de informações privilegiadas para a Rede Globo.
Em entrevista, o repórter César Tralli negou ter recebido informações exclusivas.
A Folha de S.Paulo também foi acusada de obter informações privilegiadas da Operação Satiagraha e publicar antes, ajudando a defesa do banqueiro Daniel Dantas.
Não se sabe se as investigações do MPF também recaíram sobre o jornal.