Da Folha Online, no Rio O Ceará foi o Estado brasileiro com maior crescimento econômico em 2006.

De acordo com o documento Contas Regionais 2006, divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB (Produto Interno Bruto) cearense subiu 8% em relação ao ano anterior, o dobro do crescimento do Brasil naquele ano, que ficou em 4%.

A economia do Ceará representou 2% do PIB brasileiro em 2006.

A agropecuária cearense, com expansão de 35,5%, impulsionou o crescimento econômico do Estado.

Destacaram-se a fruticultura e a safra de feijão, segundo o gerente de Contas Regionais do IBGE, Frederico Cunha.

A indústria local teve aumento de 5,3%, puxada pela construção civil, e o setor de serviços teve incremento de 6,5%.

Por outro lado, o Mato Grosso teve retração econômica de 4,6% na comparação com 2005.

O resultado ruim foi atribuído a problemas na produção de soja, que contribuíram para uma queda de 17,9% no desempenho da agropecuária.

Ao todo, quinze Estados mais o Distrito Federal registraram crescimento acima da média de 4% do PIB nacional em 2006.

Além do Ceará, se destacaram o Espírito Santo (7,7%), Pará (7,1%), Paraíba (6,7%), Roraima (6,3%) e Piauí (6,1%).

Esses Estados representaram 36,8% do PIB de 2006.

São Paulo e Rio de Janeiro cresceram exatamente no mesmo patamar que o PIB nacional.

Ficaram um pouco abaixo da média Minas Gerais (3,9%), Rondônia (3,6%), Tocantins e Goiás (ambos com 3,1%).

São Paulo continuou com a maior representatividade no PIB, com 33,9% do total, estável em relação a 2005.

O Rio teve a segunda maior participação, com 11,6% do total, pouco acima dos 11,5% observados no anterior.

As Contas Regionais do IBGE que dissecaram os desempenhos regionais entre 2002 e 2006 revelam que os quatro maiores Estados concentraram 61,2% do PIB em 2006, aumento de 0,2 p.p. (pontos percentuais) frente a 2005.

Na comparação com 2002, a concentração caiu 0,8 p.p.

Entre as regiões, Norte e Nordeste cresceram 4,8% em média, de 2005 para 2006.

Foi a primeira vez que o Nordeste liderou esse ranking.

O Sudeste teve expansão média de 4,1%, seguido pelo Sul, com 3,3%, e pelo Centro-Oeste, com 2,8%.

No Norte e Nordeste, a atividade comercial teve grande influência no resultado.

Na média de todo o país, o comércio teve variação positiva de 5,9%.

Em alguns Estados, o desempenho do comércio esteve bem acima, como em Roraima (22,7%), Tocantins (17,4%), Piauí (16,2%) e Ceará (12,1%).