Da Folha Online O PSOL entrou nesta quinta-feira com representação na Procuradoria Geral da República para que sejam investigados os procedimentos adotados pelo delegado Amaro Vieira Ferreira e pelo diretor-geral da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa.

Ferreira investiga o suposto vazamento de informações da primeira fase da Operação Satiagraha, que foi comandada pelo delegado Protógenes Queiroz –afastado do caso após denúncias sobre supostos excessos e falhas na operação, como o uso de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Ferreira solicitou à empresa Nextel a quebra de sigilo, sem autorização judicial, de todos os celulares e antenas utilizados na operação comandada pelo delegado Protógenes Queiroz, que resultou na prisão do banqueiro Daniel Dantas, do ex-prefeito Celso Pitta (PTB) e do investidor Naji Nahas.

Em nota, a PF informa que não houve, em nenhuma hipótese, quebra de sigilo telefônico sem autorização judicial.

Informa que solicitou à Nextel que informasse a localização das torres de retransmissão dessa empresa.

Para o PSOL, há uma tentativa interna de desestabilização institucional, que desvia o foco das conclusões da Operação Satiagraha e beneficia três dos principais acusados.

O PSOL diz ainda que se tenta desmoralizar o trabalho do delegado Protógenes e do juiz Fausto De Sanctis, que autorizou as prisões de Dantas, Pitta e Nahas. “É uma vergonha o que está acontecendo: investigações levam a quadrilha fraudadora de recursos públicos para a cadeia; o senhor Daniel Dantas é libertado duas vezes; e agora quem investigou está sendo investigado”, disse o deputado Ivan Valente (SP).

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