Da Coluna JC Negócios de hoje, por Fernando Castilho Embora o governo do Estado continue no seu trabalho de divulgação (até porque esse é o seu papel) de notícias favoráveis à nossa economia, empresários e dirigentes de entidades setoriais já sentem que os impactos da crise decorrente dos subprime nos Estados Unidos vai nos atingir de forma dura, embora o colchão das obras dos grandes empreendimentos possa nos dar um refresco pelos menos em termos de captação de recursos e manutenção das obras.
O desafio está na economia real dos setores de distribuição, produção de alimentos (carnes e derivados de leite), indústria local tradicional e, é claro, construção civil.
Por enquanto, ou pelo menos até janeiro, as coisas vão seguir o ritmo da chamada época natalina.
O dinheiro do 13º do servidor ajudará a recuperar o crédito e o pagamento da primeira parcela do setor privado daqui a 17 dias vai permitir que o varejo feche o ano com vendas positivas.
Mas ficará por aí.
O problema hoje está na dificuldade da pequena e média empresa em renovar suas linhas de crédito.
Embora haja um esforço dos bancos públicos (BNB, BB, Caixa e BNDES) para se apresentar, é o fechamento da torneira nas linhas dos bancos privados que está assustando.
Até porque banco público não domina mercado.
Na economia real o crédito está suspenso sem perspectiva de retorno.
Publicamente se diz que as linhas se restabeleceram.
Mas alguém conhece empresa que está conseguindo renovar financiamento?