Como não saiu nada nos jornais locais, vale a pena o registro.
Na reunião do Diretório Nacional do PT, na sexta-feira passada, durante uma análise das eleições, o PT concluiu que terá de rever o tratamento dado aos eleitores da classe média e à militância jovem.
A sigla quer ainda uma mudança comportamental para evitar o sentimento anti-PT que tomou conta principalmente de São Paulo e Porto Alegre.
O prefeito de Recife, João Paulo, disse que uma das alternativas é mudar a relação com a imprensa.
Mudar de que maneira?
Foi neste mesmo encontro que a cúpula do PT reagiu a críticas feitas pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), ao governo Lula.
O vice-presidente do PT e assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, afirmou que o mineiro precisa tomar cuidado com “fios desencapados” e também atacou o tucano Geraldo Alckmin, dizendo que o “picolé derreteu”.
Com a antecipação da disputa pela sucessão presidencial por parte de Aécio, integrantes do Diretório Nacional do PT defenderam que o partido também deva começar, o mais rápido possível, a discutir oficialmente o cenário de 2010 com outras siglas.
O candidato, no entanto, só deve ser anunciado em fevereiro de 2010, durante congresso nacional do partido.
Ontem, o único nome mencionado durante o encontro foi o de Dilma Rousseff (Casa Civil). “O governador [AÉCIO]não disse a que veio.
Ele acha que os problemas do país se resolvem com choque de gestão.
Ele está repetindo com mais charme o que o Alckmin fez, até porque com menos [CHARME]seria impossível.
E o Alckmin, quando foi confrontado com uma campanha substantiva, acabou.
Ele [AÉCIO]tem de tomar cuidado com fios desencapados para não acabar sendo eletrocutado”, disse o assessor de Lula.
Garcia rebateu as declarações feitas por Aécio durante visita ao Congresso nesta semana, quando disse que o governo “tinha colocado a ética debaixo do tapete” e que “seria perverso para o Brasil mais quatro anos disso que está aí”.