Servidores administrativos da Secretaria da Fazenda de Pernambuco decretaram “estado de greve” nesta sexta-feira (7).
A paralisação ameaça o pagamento de funcionários do Estado, segundo o Sindserpe (Sindicato dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco).
Em conversa há pouco com o Blog de Jamildo, a diretora de articulação e base e regional do Sindserpe, Cristina Rodrigues, explicou que os serviços da folha de pagamento da Sefaz, o atendimento nas agências e os pagamentos do setor financeiro estão paralisados, entre outras atividades.
A greve de advertência acontece em repúdio ao posicionamento do Governo durante dois episódios: um protesto realizado ontem e a síntese de atribuição. “Fomos recebidos por policiais de cacetetes em punho, em frente ao Palácio do Governo.
Não somos bandidos, somos trabalhadores”, reclama Cristina.
Ela conta que cerca de 250 manifestantes, entre eles representantes de diversos municípios pernambucanos, se reuniram ontem em passeata até o Palácio do Campo das Princesas.
A queixa principal da categoria diz respeito à síntese de atribuição. “Deveria ter sido entregue na segunda passada, mas o governo fica protelando”, afirmou Cristina.
A síntese de atribuição define o papel de serviço da Secretaria da Fazenda, a carga horária, descolamento de cargos dentro da Sefaz, piso salarial (acordado com o Sindserpe) e promoção por tempo de serviço.
Segundo Cristina Rodrigues, o governo está de posse da documentação, no entanto, ainda não apresentou uma resposta.
Para ser colocada em prática, a síntese de atribuição deverá ser aprovada na Assembléia Legislativa de Pernambuco até o dia 20 de novembro - daí a pressa dos servidores e a greve de advertência.
Nesta terça-feira (11), o Sindserpe deverá reunir-se com Roberto Arraes, secretário executivo da Receita Estadual.