A Comissão Parlamentar de Inquérito das Escutas Telefônicas Clandestinas da Câmara desistiu de ouvir a jornalista Andréa Michael, da Folha de S.
Paulo.
Ela escreveu reportagem sobre a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, intitulada “Dantas é alvo de outra investigação da PF”, e foi acusada pelo Ministério Público Federal e pela PF de divulgar informações sigilosas sobre a operação que prendeu o empresário Daniel Dantas, do Banco Opportunity, além do ex-prefeito Celso Pitta e do investidor Naji Nahas, acusados de corrupção ativa, desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro relacionados ao caso do mensalão.
A desistência de convocar Andréa foi anunciada na terça-feira (04/11) e deve-se ao argumento da preservação da fonte que teria passado as informações para que repórter escrevesse a reportagem.
A CPI dos Grampos, como é conhecida, aprovou 14 dos 23 requerimentos que constavam na pauta.
Outros oito mais polêmicos ficaram para ser decididos nesta quarta-feira.
Em setembro, Andréa havia negado convite de audiência feio pela CPI.
Ao Comunique-se, ela disse que iriam questioná-la sobre sua fonte, e nada falaria. “Também devem querer saber se eu fui grampeada.
Esse deve ser o interesse da CPI dos Grampos”, observou a repórter.
O MPF e a PF pediram a prisão de Andréa durante a operação, negada pelo juiz Fausto Martins de Sanctis.
Eles alegavam que a reportagem teria prejudicado as investigações. “Se eu fosse vazar alguma informação, não seria escrevendo uma matéria.
A única gravação que me envolve é do assessor do Dantas dizendo que eu estava fazendo uma matéria contra ele”, rebateu Andréa na época.
Procurada pelo Comunique-se, Andréa não foi localizada até o fechamento desta matéria.
Do Comunique-se, com informações da Agência Brasil