O Brasil precisa colocar suas prioridades na agenda de Barack Obama, eleito presidente dos Estados Unidos, avalia Gabriel Rico, CEO (presidente, na singla em inglês) da Amcham-Câmara Americana de Comércio.

Segundo ele, o País deve trabalhar para aproveitar as oportunidades nessa fase de mudança. “O novo governo certamente terá que se ocupar muito com os problemas internos.

Dessa forma, para avançarmos nas relações comerciais, precisaremos saber nos articular.

Cabe a nós colocar o Brasil na agenda de prioridades de Barack Obama”, disse Rico nesta quarta-feira (05/11), na sede da entidade em São Paulo.

Ele lembrou que os Estados Unidos vivem uma crise financeira sem precedentes e que, ao assumir o posto, Obama se deparará com um déficit fiscal de quase US$ 1 trilhão.

Gabriel Rico defende que o Brasil continue trabalhando em questões como o fim da bitributação e a redução dos subsídios nos Estados Unidos.

De acordo com Rico, a vitória de Obama facilitará a aproximação entre os dois países. “Temos aproveitar este momento.As similaridades entre Estados Unidos e Brasil, com a vinda de Obama, se ampliam.

Estamos na frente do jogo da integração racial, somos países de uma dimensão continental com línguas únicas em seus territórios, apostamos em combustíveis alternativos como o etanol e temos democracia consolidada”, disse.

Segundo Gabriel Rico, Obama venceu grandes ícones da política americana ao longo da campanha eleitoral.

Primeiro, a pré-candidata Hilary Clinton, que representa o sucesso da economia americana nos anos 90, e depois, a resistência da direita conservadora – o Partido Republicano. “Ele venceu pela sua retórica e inteligência.

Soube conquistar especialmente os jovens e as camadas menos favorecidas”, comentou.