De Veja Os ataques contra o correspondente não se restringiram aos esforços oficiais para mandá-lo de volta a Nova York.
Uma campanha insidiosa passou a ser fomentada na internet, talvez a primeira ação concertada de uma prática que se tornaria corrente no PT dali em diante sempre que se quisesse destruir a reputação de um “inimigo” da causa.
Os agentes petistas fizeram circular um texto em que Rohter era acusado de ser agente da CIA, de abusar sexualmente de indiazinhas na Amazônia e de conspirar para derrubar o venezuelano Hugo Chávez.
Ele era acusado também de beber “possivelmente bem mais que Lula”.
Até aqui nada de muito novo para quem já sofreu esse tipo de ataque.
A novidade é quanto Rohter avançou na identificação dos autores da campanha caluniosa.
O texto contra ele vinha assinado por uma professora da Universidade de Brasília.
Procurada por Rohter, ela negou a autoria.
O colunista Ricardo Noblat buscou a fonte de uma cópia recebida desse e-mail e chegou até um endereço… no Palácio do Planalto.
A fantasia paranóica de que a reportagem atendia aos interesses conservadores do governo Bush esbarra na orientação política do New York Times, conhecido por sua oposição desinibida aos republicanos e a Bush.
O livro do correspondente americano aponta algumas afinidades entre Bush e seu colega brasileiro.
Diz ele: “Ideologia não é o único fator a determinar a relação entre presidentes e países.
A personalidade também é importante.
No caso de Bush e Lula, ajuda a explicar por que os dois se dão bem”.
PS: Em menor escala, o titular do Blog de Jamildo também sofreu campanha de difamação violenta e odiosa durante a última eleição municipal.
Minha solidariedade, portanto, neste caso.