Serra e as turbulências Por João Antônio Felício Nem bem foram apuradas as urnas do segundo turno e grande parte da mídia já iniciou a campanha de 2010.
Ansiosos que estão para que o mandato de Lula - que não conseguiram encurtar - acabe logo, adotam a tática de expor positivamente nomes que lhes são simpáticos, atribuindo-lhes qualidades que não possuem e supervalorizando vitórias pontuais e de caráter limitado.
Para apoiar suas argumentações lançam mão da opinião de “articulistas” e “cientistas sociais”, editoriais e até de cartas de leitores para disseminar a tese de que as “turbulências” econômicas internacionais necessitam de alguém com o perfil de seu candidato para “enfrentá-las”.
O perfil desenhado pela incansável exposição é o de José Serra, escolhido pelos setores mais reacionários e conservadores do país como o nome preferido para o pós-Lula.
Tanto como Gilberto Kassab, travestido de nova liderança política, escamoteando o seu passado malufista, a direita paulista inicia um movimento para tentar afastar o governador do seu DNA neoliberal, comprometido até a medula com os oito anos de desgoverno FHC, responsável pelo pior desemprego da história do país, pela quebradeira e desnacionalização das empresas brasileiras privadas e a privatização de empresas estatais.
Querendo transformar a opinião publicada em opinião pública, buscam apagar o Serra fervoroso adepto do receituário do neoliberalismo e do Consenso de Washington, os principais responsáveis pela crise que hoje afeta quase o mundo todo. É necessário, entretanto, reavivarmos nossa memória e lembrarmos de que maneira os demo/tucanos enfrentaram “turbulências anteriores” e suas conseqüências.
Veja os sete crimes de José Serra na visão do petista aqui PS: João Antônio Felício é secretário nacional Sindical do PT e secretário de Relações Internacionais da CUT