O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizaro, em entrevista à Agência Sebrae de Notícias, fez um análise do comportamento do setor de comércio varejista, durante a crise financeira internacional, e a previsão otimista do final de seus efeitos na economia.

Em resumo, ele diz que os efeitos da crise financeira mundial estão à porta do robusto setor de comércio varejista no Brasil.

O principal reflexo será a redução dos prazos nas vendas ao consumidor.

As grandes redes de varejo terão de se adequar aos novos prazos, enquanto o pequeno comércio não precisará, pois já os pratica e de forma independente do sistema financeiro.

O desabastecimento de produtos importados no Natal também preocupa comerciantes e lojistas.

Empresas importadoras não estão comprando nem encomendando, devido à turbulência do dólar.

Durante esta fase, pequenos comerciantes poderão ter vantagens competitivas em relação às grandes redes varejistas, devido ao baixo custo de suas operações e a negociações com a indústria, que precisará ‘desovar’ produtos, especialmente os bens de consumo duráveis (móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos etc).

A economia global deverá levar entre 12 e 24 meses para se estabilizar em um novo patamar, quando a crise e seus efeitos terão passado definitivamente.