Da Agêcia Sebrae Brasília - A cadeia produtiva da construção será atingida pela crise financeira internacional, apesar de depender mais dos recursos do FGTS do que dos créditos oriundos do sistema financeiro.
Apesar do impacto, setor deverá fechar o ano registrando crescimento em torno de 8,5%.
Isso porque os efeitos da situação mundial só serão percebidos em 2009.
Essa avaliação é do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady.
A cadeia do segmento é formada por aproximadamente 115 mil empresas formalizadas no País, das quais 95% são micro, pequenas e médias empresas.
Estima-se que existam cerca de 150 mil empreendimentos informais atuando nesse setor.
No fim da primeira quinzena de outubro, representantes da CBIC participaram de encontro com centrais sindicais, em Brasília, para discutir os efeitos da crise.
Durante o encontro, decidiram defender: a manutenção dos recursos previstos para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Orçamento de 2009; a imediata aprovação do Orçamento de Contratações do FGTS para o próximo ano, da ordem de R$ 16 bilhões, preservando diretrizes vigentes e estabelecidas pelo Conselho Curador do FGTS para a aplicação dos recursos; a permanência do direcionamento obrigatório de 65% dos recursos das cadernetas de poupança para o financiamento imobiliário, de acordo com regulamentação vigente do Banco Central, que permitiu a contratação de R$ 30 bilhões, este ano; e garantia de recursos para a Habitação de Interesse Social por parte dos governos federal, estaduais e municipais, por meio da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que foi tema da campanha Moradia Digna – uma prioridade social.