Uma denúncia anônima, registrada no site da Compesa, levou uma equipe de fiscalização de adutoras à uma propriedade rural no município de Bezerros, nesta sexta-feira (24).
Os técnicos constataram que foram instalados canos irregularmente pra desviar água do sistema Jucazinho.
A ligação clandestina foi feita diretamente na rede da adutora, responsável pelo abastecimento de Bezerros e Gravatá. “A vazão, que deveria ser de 93 l/s no município de Bezerros, está chegando apenas cerca de 68 l/s, justamente por causa desses furtos de água registrados ao longo da adutora”, explica Marcílio Araújo, coordenador geral da operação de fiscalização.
Parte da água desviada abastece um barreiro na fazenda com capacidade para 100 mil litros, utilizado para matar a sede do gado da fazenda.
A outra bifurcação da encanação, de duas polegadas de diâmetro, segue para um outro barreiro maior, com capacidade para acumular 500 mil litros.
Essa água é bombeada e utilizada para manter quatro galpões de aviários com 20 mil frangos. “Só a água da Compesa que vai pra esse barreiro daria para atender 50 casas populares durante o período de um mês, beneficiando 250 pessoas”, explica Roberto Tavares, diretor de Serviços Operacionais da Compesa.
Os fiscais cortaram a ligação clandestina e a Compesa vai encaminhar o caso ao Ministério Público.
A fiscalização no trecho de 50 km que compreende os municípios de Riacho das Almas a Caruaru e de Ameixas a Bezerros, todos no Agreste, vai continuar nos próximos dias.
As denúncias de irregularidades podem ser encaminhadas ao site.