Severino larga colchão e coloca dinheiro em bancos Em 2006, o ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) disse que guardava dinheiro no colchão, para justificar a declaração de que teria R$ 320 mil em espécie.
Agora, eleito prefeito de João Alfredo, o político mudou a estratégia financeira.
Já tem dinheiro no banco e tirou R$ 11 mil de lá para financiar sua candidatura.
Severino, que em 2005 renunciou à presidência da Câmara acusado de cobrar “mensalinho” do dono de um restaurante da casa, falou à coluna: FOLHA - O senhor perdeu dinheiro com a crise mundial ou continua guardando dinheiro no colchão?
SEVERINO CAVALCANTI - Perdi não, porque eu sou muito fraquinho, não dá para ser afetado [pela crise].
Mas agora nem colchão tem mais.
O dinheiro, aquela economia, foi todo embora com as minhas campanhas políticas.
Estamos vivendo com o nosso salário.
FOLHA - Que salário, se o senhor estava sem mandato?
CAVALCANTI - Tenho aposentadoria da Assembléia Legislativa de Pernambuco.
Fiquei 27 anos como deputado estadual.
FOLHA - Quanto o senhor ganha de aposentadoria?
CAVALCANTI - Isso é particular.
FOLHA - Na última prestação de contas ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), o senhor declarou ter dado R$ 8.000 de recursos próprios para a sua campanha.
CAVALCANTI - Parece que foi R$ 11 mil.
Tinha dado R$ 8.000 e, na antevéspera da eleição, precisei colocar mais uns R$ 3.000 ou R$ 4.000.
FOLHA - E por que precisou colocar esse dinheiro de última hora?
CAVALCANTI - Porque eu não tinha o pessoal da Folha para me financiar, então tive que pegar do meu dinheiro.
Vocês só querem para vocês, não dividem um pouco com a gente.
Bota isso no jornal.
FOLHA - O senhor guardava esses R$ 11 mil no banco ou no colchão?
CAVALCANTI - Esse estava no banco.
Tive que depositar em cheque.
Em campanha tem que ser assim.