Por Renato Lima, de Economia/JC A Farmácia dos Pobres contratou a empresa Exame Auditores para coordenar o Plano de Recuperação Judicial que será apresentado aos credores da empresa, que se encontra em recuperação judicial, através da razão social N.
Landim.
O plano vai nortear a estratégia de reestruturação da tradicional rede de medicamentos pernambucana para que tenha condições de se reerguer.
O plano que está sendo elaborado será apresentado aos credores, em cerca de 45 dias, seguindo as regras do processo aberto de número 001.2008.030306-5.
Serão os credores que vão decidir se a farmácia tem condições de continuar operando ou se é melhor pedir a falência da empresa.
A dívida da farmácia com o mercado é de R$ 56 milhões, tendo como destaque fornecedores e bancos, a exemplo da Panarello e Bradesco.
A Exame já tem experiência em recuperação judicial e reestruturação financeira de empresas, incluindo no mesmo segmento. “A equipe da Exame está avaliando a empresa, fazendo consultoria em diversas áreas.
Eles também já conduziram uma bem sucedida recuperação judicial em uma rede de farmácias de Santos”, apontou Cassiano Periquito, assessor da Farmácia dos Pobres.
Segundo ele, a rede está em contato com outras empresas em tratativas sobre parcerias. “Temos vários contatos sendo feitos, negócios desenhados, parceiros e investidores.
Mas não podemos falar neste momento”, afirmou.
No dia 7 de outubro venceu o prazo para os credores da primeira lista apresentarem questionamentos em relação aos valores registrados. “O volume de divergências não foi grande.
O valor apresentado inicialmente foi coerente”, afirmou o administrador judicial José Luis da Silva, responsável por acompanhar o processo. “Estamos no processo de verificação dos créditos.
As divergências apontadas são conferidas com os livros da empresa”, explica.
ESPERANÇA A rede opera hoje com 27 lojas. “É uma empresa de nome forte, que ainda possui bons pontos.
Eles estão preocupados em desenvolver um plano de negócio que traga condições de reabastecer as lojas e voltar a faturar”, comentou o administrador judicial.
Durante esse processo de crise que vem desde março deste ano, ocasionada pelo desabastecimento nas lojas, a farmácia enxugou o número de estabelecimentos e funcionários.
Entretanto, os que ficaram, reclamam de até dois meses de salário atrasados além do não-pagamento de tíquetes-refeição.
A administração da empresa prometeu sanar o mais rapidamente possível essa questão.