O delegado Rômulo César de Holanda revelou esta manhã em reunião da Comissão de Defesa da Cidadania da Assembléia Legislativa, à qual compareceu pela segunda vez para prestar esclarecimento sobre o assassinato do Dr.
Sérgio Ricardo Cordeiro de Souza, candidato a prefeito de Itaquitinga, que o crime foi praticado por Leandro Henrique dos Santos, que se encontra preso em Caruaru, com o objetivo de roubar o automóvel do médico, tendo o mesmo contado com a ajuda de Thiago Marcel Bezerra de Souza e Josefina Cinézia Nóbrega de Queiroz, ambos foragidos.
A revelação do delegado foi seguida de protestos por parte dos deputados Antonio Morais, Pedro Eurico e Terezinha Nunes.
Os três revelaram que a demora da polícia no esclarecimento do caso interferiu no resultado eleitoral do município de Itaquitinga, onde o prefeito Zeca Cavalcanti, do PSDB, perdeu a eleição depois que se espalhou pela cidade que o crime fora político e que ele, o prefeito, era o responsável.
O deputado Antonio Morais chegou a lembrar que quinze dias antes do pleito quando esteve na comissão o Dr.
Rômulo já revelara aos deputados quase tudo que está no inquérito “o que demonstra que a Polícia já sabia de tudo há muito tempo, como era voz corrente entre os policiais”.
Segundo o delegado, Dr.
Sérgio foi morto por estrangulamento no Motel Alfhavile, de Caruaru, para onde se dirigiu acompanhado de Leandro, com o qual vinha se encontrando há dois anos.
Indagado pelos deputados sobre a demora no esclarecimento do crime, o delegado disse que tinha sido necessário fazer diligências novas porque uma das acusadas havia sido responsável por um homicídio culposo em Itaquitinga e isso poderia ter levado pessoas do município à participação no assassinato.
A Comissão de Defesa da Cidadania decidiu que vai continuar investigando porque a Polícia demorou tanto a esclarecer o crime devendo, segundo a deputada Terezinha Nunes, convocar o delegado Nilson Mota, que iniciou as investigações, e outros representantes dos órgãos superiores. " É preciso apurar a quem interessou e quem se mobilizou para postergar o esclarecimento sobre este crime. É muita coincidência que a Polícia tenha esperado a divulgação do resultado da eleição para poder prestar os esclarecimentos devidos à opinião pública.
Alguém precisa responder por isso."