Município pernambucano de orçamento superior a R$ 512 milhões, Jaboatão dos Guararapes protagoniza um dos períodos pós-eleitorais mais tumultuados do País.

O insucesso de Newton Carneiro (PRB) nas urnas rendeu uma semana de denúncias de desmonte da máquina pública, saque, tráfico de influência e contratos suspeitos.

A confusão teve início quando o ex-secretário de saúde do município, Ulisses Tenório, recebeu a carta de exoneração no meio da rua e foi impedido de entrar na Prefeitura do município, junto com outros servidores.

A partir de então, abriu o verbo e teve as queixas repercutidas pela Câmara Municipal de Jaboatão, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado (TCE).

De acordo com Tenório, a demissão veio depois da recusa em desviar verbas da saúde para enigmáticas “obras de visualização”.

Ele contou, através da advogada, que participou de uma reunião em que a deputada Elina Carneiro (PSB), filha do prefeito Newton Carneiro, teria solicitado a transferência de R$ 200 mil.

Elina e Nilton defenderam-se através de notas oficiais.

Ambos disserem ser vítimas de falácias, mas, ainda assim, estão sob investigação do Ministério Público.

O TCE determinou a suspensão do pagamento de três termos aditivos de contratos firmados pelo município - o valor de um dos aditivos é de R$ 1 milhão.

O outro golpe foi desferido pela Câmara de Vereadores: o vereador Geraldo Cisneiros (sem partido) entrou com um pedido de afastamento do prefeito e conseguiu instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar “ilegalidades na Secretaria de Saúde”.

A novela deverá render mais capítulos nesta semana, principalmente com o aguardado depoimento do secretário exonerado Ulisses Tenório no MP.

Em tempo: o Blog de Jamildo publica, neste domingo (12), entrevistas com os moradores do município.

Que recado você daria ao prefeito Newton Carneiro?

Ou, o que sente um jaboatonense diante de tanta confusão?

O povo vai falar.

Não perca por esperar.